Comprou briga
No Twitter, universo virtual onde a polarização política se traduz, não raro, em textos violentos e palavrões a rodo, o agropecuarista Aimar Ribeiro, que já presidiu o Harmonia Tênis Clube, reduto dos bem-nascidos ou novos-ricos de Rio Preto, abusou de termos nada refinados para mostrar indignação contra o presidenciável Ciro Gomes, do PDT.
Chulo 1
"A sua raiva com o agronegócios é que nós não produzimos a cocaína que você cheira, seu comunista filho da puta! Conheci você na casa do Paulo Dalul (empresário) em Rio Preto e sei que você gosta de lagosta e caviar, você é um grande filho da puta! Não vai para Cuba por quê, seu filho da puta”, postou o rio-presente.
Chulo 2
A obra-prima de Aimarzinho, como ele é chamado entre os íntimos, foi uma resposta à postagem, também nada elegante, do pedetista sobre quem seriam os financiadores dos atos de 7 de Setembro: "Bolsonaro tentou, pessoalmente um golpe nesse 7 de Setembro com muita grana pública, envolvimento de bandidos do agronegócio. As informações estão muito claras sobre isso.”
Fareja polêmica
Contradição em pessoa, com gostos caros e vocabulário chulo, outra marca de Aimarzinho é se envolver em polêmicas, como ação do Ministério Público pedindo multa de R$ 1,2 milhão por usos indevido de recursos públicos destinados a atividades esportivas ou a acusação de um calote em 49 pessoas da alta roda de Rio Preto que confiaram nele alguns investimentos.
Frustrou nas redes? 1
Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro foi do céu ao inferno em dois dias. Se nos atos do 7 de Setembro, em que sua base mais fiel se mostrou disposta a endossar suas bravatas contra o STF (Supremo Tribunal Federal), ele atingiu seu segundo maior índice de popularidade no ano, a carta em que volta atrás e se desculpa com o ministro Alexandre de Moraes espantou seus defensores no universo digital.
Frustrou nas redes? 2
O IPD (Índice de Popularidade Digital), que é medido pela consultoria Quaest, mostra que logo após as manifestações da Independência, o presidente cravou 81,8 pontos. No dia 8, o índice caiu para 62,4; no dia 9 (divulgação da carta à tarde) bateu em 53,7; e atingiu 37,1 no dia 10, pior marca de Jair Bolsonaro no ano.
Perdoado em Rio Preto
Em Rio Preto, no entanto, os bolsonaristas raiz já se mostram recuperados, e com novo discurso na ponta da língua, aos efeitos da carta que contou com as digitais do marqueteiro rio-pretense Elsinho Mouco, homem de confiança do ex-presidente Michel Temer (MDB).
’Evitou o caos’
O empresário Olavo Tarraf, que esteve na manifestação de 7 de Setembro na avenida Paulista, em São Paulo, e se revela um dos nomes do setor produtivo mais aguerridos na defesa de Bolsonaro, diz que a atitude do presidente foi "responsável e comprometida com a democracia e a vontade do povo que o elegeu. "Em sã consciência, evitou o caos indesejado no País. Os movimentos de grandes transformações de uma sociedade, que mexem com interesses poderosos, devem ser cautelosos, de longo prazo e persistentes, exigem paciência e muita resiliência. O presidente tem agido com essa perspectiva”, afirmou.
#Orgulhosos
Para Danila Azevedo, outra militante bolsonarista de primeira hora, que ajudou na mobilização de ônibus para levar simpatizantes a São Paulo, não houve frustração na base. "Pelo contrário, confiamos no presidente e sabemos que todas as atitudes dele visam o bem de mais de 210 milhões de brasileiros. Ficamos sim, orgulhosos em ver o grande estadista que ele é. E quando fomos às ruas e dissemos "eu autorizo” era, sim, autorizando-o a fazer o que achasse melhor”, diz ela.
’Grandeza’
Marcelo Zola, advogado, presidente do Albergue Noturno de Rio Preto e diretor do Hospital Bezerra de Menezes, é outro seguidor do presidente que não poupou críticas ao que chamou de ditadura do STF, mas que vê na carta "um ato de grandeza”. Para ele, o presidente abdicou de suas vaidades pessoais em prol do consenso geral e moderador.
Parece que é 1
Embora gente muito ligada ao ex-presidente Michel Temer (MDB) negue que o veteraníssimo político esteja empolgado em tentar viabilizar seu nome para a disputa presidencial do ano que vem, analistas políticos acreditam que o emedebista tem dado sinais opostos nesse sentido.
Parece que é 2
A carta ao presidente Jair Bolsonaro, em que surge como o salvador da República conflagrada, reuniões com pautas políticas com PIB e até um evento que vai debater os grandes problemas do País são vistos como movimentações mais que prováveis neste sentido.
Saia justa
O fato, porém, é que uma candidatura de Temer, seja à presidência ou ao governo de São Paulo, colocaria o prefeito de Rio Preto numa saia justa daquelas. Isso porque o emedebista daqui está mais do que amarrado aos postulantes tucanos aos dois cargos, respectivamente João Doria e Rodrigo Garcia.
Jogadores 1
Vereadores da base governista mais uma vez usaram os atalhos do tortuoso regimento interno da Câmara para tentar sufocar iniciativas da oposição. Assim como na semana passada, a base pediu urgência em projeto da oposição para obrigar sua inclusão na pauta e rejeitá-lo em plenário. Semana passada foi assim com a proposta de João Paulo Rillo (Psol) que tornava obrigatória a realização de duas sessões por semana. E agora foi com o projeto que aumentava em uma hora o tempo do expediente.
Jogadores 2
Mas, se a base sabe jogar, os opositores também conhecem os meandros do regimento. Rillo, autor do projeto ao lado de Robson Ricci (Republicanos), ao perceber que a proposta seria rejeitada, pediu vista (adiamento). Mas não teve sucesso, já que a maioria governista votou contra para enterrar de vez a ideia de sessões mais longas. Foi então que Ricci, primeiro signatário da proposta, deixou o plenário, o que prejudicou a votação da matéria, que volta para a pauta na próxima sessão.
Por pouco
Outro recado da base governista, desta vez para Renato Pupo (PSDB), foi a quase rejeição de moção de congratulação ao governador João Doria (PSDB) pela iniciativa de distribuir absorventes íntimos a estudantes carentes. Sob argumento de que o tucano "só faz sua obrigação" ao distribuir os absorventes, sete governistas votaram contra a congratulação (coisa rara). Como outros sete vereadores votaram a favor, sobrou para o presidente Pedro Roberto (Patriota) o voto de minerva, aprovando assim os parabéns a Doria.
Pelos animais
Já os três projetos que defendem a causa animal que estavam na pauta foram aprovados. Dois de Cláudia de Giuli (MDB) e um de Pedro Roberto. Os projetos preveem multa para quem deixar cachorros acorrentados em quintais e garagens, outro proíbe responsáveis por maus-tratos a adotar novo animal e, um terceiro, que obriga pet-shops e veterinárias a denunciar casos suspeitos de agressões aos animais. O primeiro foi aprovado na legalidade e os outros dois seguem para sanção ou veto do prefeito Edinho Araújo (MDB).
Aprovados
Foi aprovada ainda medida proposta por Júlio Donizete (PSD) para proibir de uma vez por todas o Semae de cobrar taxa para religação de água. A cobrança estava suspensa no período de pandemia, mas agora pode se tornar definitiva. Para cada religação, o Semae cobra em média R$ 150. Projetos de Anderson Branco (PL), para obrigar sinalização de solo alertando sobre radares, e de Odélio Chaves (PP), que assegura a cônjuge o direito de ter o nome em contas de serviço público, como de água, também foram aprovadas. As propostas agora dependem de aval do prefeito, que pode sancionar ou vetar os projetos.
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