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Anita Garibaldi
Foto por: Divulgação
Anita Garibaldi

Anita Garibaldi

Por: Merli Diniz
25/03/2024 às 14:59
Artigos

Dentre tantas mulheres que se destacaram na história brasileira, neste mês de março em se comemora o Dia Internacional da Mulher, quero homenagear a brasileira Anita de Jesus Ribeiro da Silva, pouco conhecida no Brasil, mas famosa na Itália e no mundo, como Anita Garibaldi


Anita já pugnava pelos ideais republicanos no Brasil Império e participava da Guerra dos Farrapos, - a Farroupilha, fato que nos causa espanto e admiração, ao imaginar que uma mulher nascida no século dezenove, numa sociedade e época em que as mulheres eram relegadas a tarefas domésticas e familiares, ter tamanha bravura.  Foi nessa ocasião que conheceu Giuseppe Garibaldi, exilado no Brasil, fugitivo da Itália, condenado à morte por sua participação no movimento "Jovem Itália. Com apenas dezessete anos e separada do primeiro marido, teve a "ousadia” de se unir a Garibaldi.

 

 Apaixonada que era pelo ideário revolucionário republicano, que defendia a elaboração de leis para proteger interesses comuns, cavalgava lado a lado com homens, para ver se concretizar seus sonhos.

 

Anita foi protagonista em todos os aspectos nas batalhas que enfrentou, não se submetendo a papéis secundários, mas atuando fortemente, não se comportando simplesmente como companheira de lutas, mas como uma pessoa conhecedora da sua importância e do seu papel político, na conquista dos seus propósitos.  Mulher de coragem que quebrou padrões fortemente machistas e   participou de grandes lutas armadas. Combateu na Revolução Farroupilha, -que assim ficou conhecida pelos andrajos usados pelos rebeldes revolucionários-, nas Batalhas dos Curitibanos, quando. foi feita prisioneira pelas tropas imperiais, mas aguerrida como era, conseguiu fugir e voltar a se unir aos rebelados. Em Gianicolo, na Itália  e mesmo grávida esteve à frente dos confrontos e há relatos de que até tiros de canhão teria dado. 

 

Ficou exilada com o marido, por uns tempos no Uruguai, por terem sido perseguidos pela marinha Imperial brasileira e lá teve três dos quatro filhos.

 

Morreu na Itália e é considerada como a Heroína de dois Mundos.

 

Segundo a professora Cristina Wolff, professora titular da UFSC, "o companheiro de Anita, deixou por escrito muitas memórias sobre ela. Isso teria ajudado a ter alguma visibilidade”. Mesmo assim, demorou a ser reconhecida no Brasil, pois não foi bem vista por ter abandonado o primeiro casamento.

Salve, salve Anita!

Professora   advogada,  escritora , poeta e cronista . Membro da Comissão de Direito e Literatura da OAB Rio Preto
Foto por: Merli Diniz
Professora advogada, escritora , poeta e cronista . Membro da Comissão de Direito e Literatura da OAB Rio Preto






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