Vereadores estão descontentes e refletem o sentimento dos munícipes que foram surpreendidos no início do mês com mudanças na coleta do lixo, o que vem causando transtornos
A principal discussão que
aconteceu hoje na Sessão da Câmara de
vereadores em Rio Preto foi em relação a coleta do lixo. Toda a polêmica surge
a partir do dia 1º de abril, quando todo o sistema de coleta foi modificado em Rio Preto.
Horários e dias sofreram alterações, o que deixou à população confusa. Com o
feriado da sexta-feira(15) a coleta não foi realizada e também no final de
semana, o lixo então se acumulou e os transtornos foram inevitáveis.
A Constroeste empresa que
explora a coleta de lixo em São José do Rio Preto, chegou a informar que o problema se agravou devido a
falta de profissionais que não
foram trabalhar devido ao feriado e o serviço foi prejudicado. Com tantas
dúvidas, os vereadores querem esclarecer os fatos e saber com exatidão qual o critério adotado para as
mudanças.
Existem hipóteses levantadas por vereadores. Para o
vereador João Paulo Rillo(PSOL), com o aumento
da produção de lixo, a empresa teria optado em diminuir o número de dias
nos bairros mantendo o mesmo número de coletores, já o vereador Paulo
Paulera(PP) revelou que as mudanças foram
mal explicadas e está difícil dar
informações aos munícipes, que estão insatisfeitos com as mudanças. "Acho que
seria para diminuir os custos e não aumentar o preço do serviço”, arriscou o
vereador.
Na realidade com tantas reclamações e ainda acusando a prefeitura
de tomar medidas através da secretaria do Meio Ambiente, sem nem discutir com os
vereadores, acabou sobrando para a secretária Katia Penteado que foi convidada
a participar de uma reunião da comissão de meio ambiente da Câmara, na próxima
segunda-feira, às 15 horas.
A princípio houve uma proposta de convocação da secretária para uma das próximas sessões, mas o vereador Bruno Marinho (Patriotas) encaminhou votação contrária, 15 vereadores votaram contra a convocação e então prevaleceu o convite para a segunda-feira(25), que segundo Marinho, foi aceito por katia.
Nota da Secretaria do Meio Ambiente quanto a ida da Secretária Katia Penteado à Câmara
O convite ainda não foi recebido formalmente pelo gabinete da
Secretária de Meio Ambiente e Urbanismo, Kátia Penteado, que nesta terça, 19/04
está em São Paulo, em um evento da Secretaria de Estado de Infraestrutura e
Meio Ambiente, fazendo a apresentação do Plano Municipal de Adaptação e
Resiliência à Mudança do Clima do município. Assim que o convite for recebido e
a secretária retornar do compromisso, nesta quarta-feira, dia 20/04, deverá dar
retorno à Câmara.
Poda de árvores
Também foi relatado pelo
vereador Anderson Branco(PL) sobre o problema com árvores em Rio Preto. Ele
lembrou que na avenida Murchid Homsi existem muitas árvores "comprometidas” que
colocam a vida das pessoas em risco. Citou que recentemente, durante uma chuva,
uma delas caiu sobre um veículo. Branco quer um estudo detalhado da saúde
destas árvores, inclusive, as que precisam ser extraídas. O vereador lembra que
esta é uma reivindicação de moradores e comerciantes da Murchid, que este
problema se estende por toda a cidade, e que diariamente recebe denúncias da
queda de galhos e ameaça de árvores " podres”.
Nota da Secretaria do Meio Ambiente
A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, por meio do setor
de análises e laudos, realizou no ano passado, uma vistoria nas árvores da
avenida Murchid Homsi, incluindo as localizadas às margens do canal do córrego
do Aterrado, que passa na área central da avenida, visando levantar aquelas com
indicação de supressão ou poda. O levantamento objetivou localizar, laudar e
sinalizar as árvores mortas, em declínio ou que estão irrecuperáveis, por
estarem atacadas por pragas ou doenças. Verificou-se a necessidade de supressão
de 36 árvores em estado de deterioração. Destacou-se também a necessidade de
poda de alguns galhos de árvores, no caso de estarem com risco de rachadura e
queda. As árvores suprimidas deverão ser substituídas por quantidade igual ou
superior. De acordo com os engenheiros agrônomos do Meio Ambiente, devido ao
intenso processo de erosão laminar que ocorre em decorrência das cheias do
córrego, a remoção de solo das margens causada pela chuva proporciona exposição
das raízes das árvores ali presentes, gerando estado de atenção e risco de
queda para a maioria das árvores próximas às margens, nos pontos mais íngremes
do barranco. O laudo já foi discutido entre as Secretarias responsáveis.
A prefeitura informa que um estudo está sendo realizado para
verificar quando os exemplares poderão ser suprimidos, evitando assim risco de quedas
e acidentes.