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Beto Braga

Empresário da área de tecnologia e inovação


O Elefante Sensato

Por: Beto Braga
10/12/2019 às 09:47
Beto Braga

Tal como na nossa espécie, um elefante que cresce sem a supervisão de um adulto e sem que lhe sejam apresentados bons exemplos, tende a perder os limites do que é certo ou errado e, pior, a desenvolver um senso de realidade distorcido. O fato é que precisamos estimular a interação entre os mais diversos grupos sociais, para que o pensamento não seja limitado por dogmas e conceitos, ou onde ideias que não cabem em um mundo onde a regra deve ser a fraternidade frutifiquem. Por isso não podemos abrir mão da sensatez, do bom senso, que tanto falta hoje aos homens públicos. 

Os elefantes, os maiores mamíferos terrestres, são animais com uma organização social bastante complexa. Tão complexa quanto a dos chimpanzés e dos gorilas, nossos primos mais próximos na escala evolutiva. 

Assim como na sociedade humana, os Elefantes têm na família o centro de toda sua estrutura social. 

Alguns anos atrás, antes até do advento do Google, li uma matéria em uma revista que falava do crescente número de elefantes órfãos na África e na Índia, por conta da caça predatória a esses animais e suas cobiçadas presas de marfim. 

A matéria trazia relatos de invasão de elefantes órfãos em aldeias na Índia, deixando um rastro de destruição e morte por onde passavam. 

Tal como na nossa espécie, um elefante que cresce sem a supervisão de um adulto e sem que lhe sejam apresentados bons exemplos, tende a perder os limites do que é certo ou errado e, pior, a desenvolver um senso de realidade distorcido. 

O elefante, sem os referenciais sociais que foram aprimorados durante séculos, se torna presa fácil de grupos desorganizados e onde a moral é relativa. 

Na pratica os elefantes órfãos tendem a viver em bandos e não mais em manadas. 

Um homem ou um elefante, dentro de uma bolha social, tende a se comportar da maneira como o bando determina. 

As bolhas sociais fazem com que alguns grupos, sem uma desejada permeabilidade e interação com outros grupos, formem opiniões e comportamentos que sejam aceitáveis aquele microcosmos, mas que nem por isso sejam adequados a uma sociedade cada vez mais plural e dinâmica. 

Não é incomum que dentro desses microcosmos, alguns elementos se destaquem e sejam exaltados como líderes e expoentes intelectuais, quando na verdade são apenas ignorantes que não tiveram a oportunidade de ter seus argumentos questionados de maneira adequada. 

Nenhum aluno pode ser considerado brilhante sendo o melhor da classe de pior desempenho. 

O fato é que precisamos estimular a interação entre os mais diversos grupos sociais, para que o pensamento não seja limitado por dogmas e conceitos, ou onde ideias que não cabem em um mundo onde a regra deve ser a fraternidade frutifiquem. 

Por isso não podemos abrir mão da sensatez, do bom senso, que tanto falta hoje aos homens públicos. 






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