Amália Tieco conquista Paulo Skaf, que vê nela uma bela vice para Edinho Araújo

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Amália Tieco, diretora-administrativa do HB: cobiçada pela política

Amália Tieco conquista Paulo Skaf, que vê nela uma bela vice para Edinho Araújo

Por: Maria Elena Covre, Fabrício Carareto e Lucas Israel

12/11/2019 às 18:58

Bastidores

Protagonismo da trepidante diretora-administrativa do Hospital de Base chama a atenção do presidente da Fiesp

Olha ela...

Um novo nome desponta como possível vice na chapa do prefeito Edinho Araújo (MDB): Amália Tieco, a trepidante diretora-administrativa do Hospital de Base Rio Preto, hoje uma das figuras femininas de maior visibilidade na cena rio-pretense, mesmo sem vínculo a qualquer partido político.

Quem tem padrinho...

Amália está sendo colocada no jogo eleitoral, mesmo à revelia, por um padrinho de peso. Nada menos que o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, apresentado à rio-pretense durante a campanha dele ao governo do Estado no ano passado. Skaf e parte do MDB de Rio Preto veem na médica uma vice que muito agregaria ao palanque do prefeito.

Arena disputada

Sem nunca ter pisado na arena político-partidária, Amália se vê numa disputa sangrenta dominada por veteranos, entre os quais o também médico Eleuses Paiva (PSD), atual vice de Edinho, e o vereador Fábio Marcondes (PL), que dorme e acorda só pensando na cadeira de vice e disposto a usar todas as armas que encontrar pelo caminho.

Outros planos

Questionada sobre os projetos que estão sendo traçados para ela, a diretora-administrativa do HB não nega nem admite. Ocorre que a disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2022 sempre a seduziu mais, segundo pessoas próximas. Daí que o argumento de quem tenta convencê-la é justamente de que uma coisa não elimina a outra. Muito pelo contrário.

Predicados

Mulher, jovial, com protagonismo real na sociedade, já bem introduzida na arte de passar o pires em Brasília, liderança forte dentro do Hospital de Base. Eis alguns dos predicados que ela levaria para o palanque de Edinho. E se alguém tem dúvidas dos planos de Skaf para Amália, vale lembrar que ela vai ocupar, convidada pelo presidente da Fiesp, cadeira no Conselho da Mulher da entidade, que tem como presidente a empresária Luíza Trajano, dona do Magazine Luíza. Resta saber se Edinho se daria bem com alguém que pegou gosto pelos holofotes.

Quarteto cobiçado

Amália Tieco faz parte de um time de mulheres que tem feito acontecer em Rio Preto. Longe de partidos, e até por isso mesmo, elas têm despertado a cobiça dos caciques políticos à caça de um sopro de renovação. A coronel da PM Helena dos Santos Reis, a empreendedora social Amanda Oliveira, criadora do Instituto As Valquírias, e a empresária Adriana Neves completam o quarteto.

Festival 1

Virou um festival de demagogia explícita o projeto que reduz o número de vereadores na Câmara de Rio Preto. De autoria de Fábio Marcondes (PL), a proposta prevê a queda de 17 para 15 parlamentares em 2024 e de 15 para 13 a partir de 2028. De acordo com Marcondes, o projeto foi apresentado sob a égide da "redução de gastos” no município.

Festival 2

A demagogia – palavra que vem do grego e significa "conduzir o povo”, no mau sentido – já começa no próprio projeto em si. Por que propor a redução a partir de 2024 e não a partir já das eleições de 2020, quando será formada uma nova Câmara? A justificativa de que "poderia suscitar dúvidas quanto à legalidade” não cola. Se o projeto fosse minimamente sério, proporia a extinção já a partir da próxima legislatura.

Festival 3

E o que dizer da "redução de gastos”? Melhor faria a Câmara se cortasse o número de assessores comissionados e pressionasse a Prefeitura a fazer o mesmo. Está claro e cristalino que o objetivo mesmo é fazer pirotecnia em um momento em que os políticos tradicionais estão perdendo espaço – e votos – na preferência dos eleitores.

Festival 4

E como demagogia pouca é bobagem, o vereador Jorge Menezes (PTB) já entrou na onda e sugere, além da diminuição do número de cadeiras, a redução no salário dos vereadores dos atuais R$ 5,9 mil para o salário mínimo. Do jeito que anda, logo logo vai ter parlamentar propondo a extinção do Legislativo para ser simpático à população.

Só na escuta

A mudança de norte da atuação da Guarda Civil Municipal de Rio Preto despertou especulações de várias naturezas na "baixa patente” da corporação, que está apenas como expectadora enquanto o andar de cima discute com as diferentes secretarias da administração o novo perfil de trabalho que será adotado, mais voltado para a fiscalização e menos parecido com o de polícia. Mas ninguém quer dar voz a críticas, pelo menos por enquanto.

Nova pressão

Por falar em GCM, um abaixo-assinado contra o corregedor José Carlos Floriano e o ouvidor João Henrique Costa está correndo dentro da corporação. O motivo seria a nova abertura de procedimentos e sindicâncias para apurar a atuação de agentes, motivo pelo qual os dois já foram alvos de investigação em 2018.

Comissão esvaziada

No ano passado, a Câmara abriu uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a atuação da dupla na Guarda Municipal, que terminou com dois relatórios. O oficial, assinado por José Carlos Marinho (PSB) e Paulo Pauléra (PP), relator e membro, respectivamente. Este solicitou à Prefeitura a demissão de Floriano e Costa, e também do diretor, Sílvio Pedro da Silva. Já o relatório do presidente da CEI, Renato Pupo (PSD), absolveu o trio. O caso terminou engavetado no Ministério Público.

Com festa

A saída oficial do presidente Jair Bolsonaro do PSL, anunciada por ele na tarde desta terça-feira (12) junto com a notícia de que o grupo dissidente vai partir para a criação de um novo partido – Aliança pelo Brasil –, foi recebida com festa pela autointitulada ala ideológica da legenda em Rio Preto. E cautela por quem precisa fazer fazer muitos cálculos tendo em vista a eleição municipal do ano que vem.

Vou junto

"PSL não é nada sem o Bolsonaro. E a perseguição está muito forte. O caminho escolhido por ele (Bolsonaro), de criar um novo partido, é difícil, porém coerente. Mas somos muitos (para buscar assinaturas necessárias)”, diz Janaina Targas Albuquerque, ainda integrante do PSL e bolsonarista que já afirmou seguir o presidente aonde ele for.

Fazendo contas

O vereador Jean Dornelas, que migrou do Republicanos (antigo PRB) para o PSL, disse que voltou à estaca zero. "Vou apreciar todas as possibilidades, inclusive essa”, afirmou ele ao ser questionado sobre deixar a legenda e seguir Bolsonaro. Para criar uma nova legenda, os dissidentes do PSL precisam de 491 mil assinaturas em pelo menos nove Estados. O PSL, por sua vez, perde a principal referência política, mas fica com o milionário fundo partidário e os nada desprezíveis cinco minutos na propaganda gratuita eleitoral.

Não vi nada

Além da saída do presidente Bolsonaro, outro tema, e consequência dos arranjos políticos que ocupou a mídia nesta segunda, foi a negociação em torno de uma possível fusão entre PSL e DEM, o que tornaria o consórcio resultante na maior força política do Congresso Nacional. Sobre o assunto polêmico, o deputado federal da região Geninho Zuliani, do DEM, preferiu se fazer de desinformado, mas deu pista de que não gosta muito da ideia. "Desconheço qualquer negociação neste sentido e, no momento, acho pouco provável que ocorra”, afirmou ele por meio de sua assessoria de imprensa.

Só para presidente

A Câmara Municipal de Rio Preto aprovou na sessão desta terça-feira (12) projeto de lei do Executivo que reduz o número de servidores municipais com prerrogativa de se afastar do trabalho para atuar em sindicatos de suas respectivas áreas de trabalho. A legislação em vigor permite que quatro servidores de cada sindicato se afastem do trabalho para exercer mandado em cargos de diretoria. Pela novo projeto, apenas o presidente da entidade ganhará terá esta prerrogativa. A proposta recebeu sim de 14 dos 17 vereadores.