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 Maria Aparecida Trazzi Vernucci da Silva – Tidda. Assistente Social. Servidora pública Municipal aposentada.
Foto por: Arquivo Pessoal
Maria Aparecida Trazzi Vernucci da Silva – Tidda. Assistente Social. Servidora pública Municipal aposentada.

Lutando e resistindo pela vida

Por: Redação
06/12/2021 às 20:04
Artigos

Uma brasileira é estuprada a cada 11 minutos. O patriarcado reina há séculos. O machismo mata todos os dias. O poder do macho é visto como ‘natural’, sobrevivendo sobre nossos corpos.


A vida da nação sob controle dos homens, se expressa em machos cafajestes, opressores e sem respeito pelas mulheres. O Brasil grita por socorro. Brasileiras e brasileiros estão reféns do genocida que ocupa a presidência, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.

O ano de 2021 não pode ser esquecido. Um ano para fazer memória, verdade, justiça e reparação.

A indignação avança e se transforma, dia a dia, em ação. Ação das mulheres, das comunidades originárias, dos quilombolas, dos LGBTQIA+ e todos os oprimidos contra os opressores.

Enfrentamos múltiplas formas de discriminação em função do sexo, raça, etnia, origem religiosa e linguística, identidade de gênero e orientação sexual. A violência também tem uma característica interseccional, com algumas mulheres enfrentando múltiplas formas de discriminação e estando mais vulneráveis a diversas formas de violência do que outras.

Sempre nos reportamos aos números e buscamos ações para sobrevivermos. De acordo com o Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e do Caribe, o Brasil é o país com o maior número absoluto de feminicídios. A violência letal contra as mulheres apresentou crescimento em 2020: foram registrados 3.913 casos de homicídios de mulheres, dos quais 1.350 foram classificados como feminicídios, isto é, cerca de 34,5% dos assassinatos de mulheres. Isso significa que a cada seis horas uma mulher tem sido morta pelo simples fato de ser mulher. Dentre as vítimas de feminicídio, ocorre prevalência entre mulheres jovens (16 a 24 anos, 35,2%), pretas (28,3%) e separadas ou divorciadas (35%). Três entre cada quatro vítimas de feminicídio tinham entre 19 e 44 anos e, em sua maioria, eram negras (61,8%).

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948 foi escrita na luta! Está disponível em mais de 360 línguas. O objetivo foi formar uma base para os Direitos Humanos em todo o mundo.

Ainda hoje, no entanto, vivemos em um país que considera que os direitos não são para todos e que há humanos que valem menos do que outros. Estamos mergulhados num abismo de desmonte de direitos e de crimes desde que esse Ser inominável assumiu a presidência do Brasil.

Os compromissos assumidos com a garantia dos direitos civis, políticos, sociais e ambientais previstos na Declaração Universal dos Direitos Humanos estão sendo destruídos dia a dia. O desmonte total de todas conquistas que tivemos estão sendo destruídos pela equipe econômica que enxerga o mercado e não vidas humanas. Há uma coisificação do ser humano!

O patriarcado, a desigualdade estrutural e as múltiplas formas de discriminação passarão. E nós resistiremos, na luta em memória das que nos precederam e que nunca desistiram.

 

Maria Aparecida Trazzi Vernucci da Silva – Tidda. Assistente Social. Servidora pública Municipal aposentada. Ativista do Coletivo Feminista "Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser” - 21 dias, 21 vozes femininas pelo fim da violência contra a mulher.

 







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