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Polícia investiga se mortos pela PM eram do PCC e planejavam retaliação

Por: Da Redação
14/10/2019 às 15:01
Polícia

Dez suspeitos de praticar crimes na cidade morreram em confronto com a Polícia Militar em cinco dias


Na casa onde seis homens foram mortos depois de entrar em confronto com equipes do Batalhão de Ações Especiais (Baep), no último sábado (12), na Estância Alvorada, em Rio Preto, a PM encontrou indícios de se tratar de integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).  Situação acendeu um alerta para a polícia.

Na segunda-feira anterior, no dia 7, apenas cinco dias antes do confronto onde seis morreram, outros quatro suspeitos de assaltar uma chácara também foram mortos, na Vila Toninho. Ou seja, em cinco dias, dez suspeitos de praticar crimes na cidade morreram em confrontos com o Baep, em Rio Preto.    

Cenário que faz com que a polícia não descarte a possibilidade também de os seis homens terem se reunido em nome de uma possível retaliação contra a polícia, em resposta às mortes dos outro quatro suspeitos.

Na casa onde os seis estavam reunidos, a polícia encontrou papéis com anotações e o estatuto do PCC. Um dos mortos tinha uma tatuagem na mão esquerda com a numeração 1533. Números que representam a décima quinta letra do alfabeto, seguida da terceira duas vezes, combinação que forma a sigla a PCC.

"No local foram aprendidos papéis com anotações e estatuto dessa facção criminosa, rifa... tudo leva a crer que sim, que eram membros sim da facção criminosa”, explicou o comandante da companhia do Baep, capitão José Thomaz Costa Júnior.

O local onde eles estavam reunidos é uma casa abandonada localizada em um terreno onde há outras quatro residências.  "São cinco moradias no mesmo terreno. A casa onde eles estavam reunidos não era uma casa habitada, não tinha móveis, era um imóvel abandonado e não estava locado”, disse o capitão.

O armamento encontrado no local aponta que os suspeitos estavam reunidos com o propósito de organizar uma ação criminosa de grande porte. "Se era uma retaliação quanto aos outro quatro mortos, é uma hipótese que não foi descartada. Mas não vou cravar para você que é uma certeza. Isso vai ser apurado pela Polícia Civil. Mas eles estavam reunidos, sim, para uma grande ação criminosa. Tinha fuzil, 40 munições de fuzil, e esse tipo de arma não é utilizada em qualquer tipo de crime. Era uma ação mais robusta, mas não sabemos qual era o alvo”, disse Costa Júnior.

Todos os seis suspeitos são da região de Rio Preto e tinham passagens policiais. São eles: Felipe Anthony Baptista, 19 anos, e o cunhado dele Weverton Jesus Souza Nader, 25 anos. Felipe era casado com a irmã de Weverton. Fabiano Alves Alexandre, 21 anos, Wellington Rodrigues Verissimo, 22 anos, Silvano Francisco dos Santos Neto, 28 anos e Fabiano Alves Alexandre, 21 anos.

"Todos são adultos, quatro com certeza registram antecedentes criminais. Dois constam passagens quando eram menores de idade, adolescentes”.

Duas investigações vão seguir simultaneamente, sendo pela Polícia Militar e uma pela Polícia Civil - pelo 4º DP ou pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG). De acordo com o delegado Amaury Scheffer de Oliveira Júnior, do 4º DP, todas as possibilidades serão levantadas e investigadas.

"Independentemente de quem vai presidir as investigações, serão apuradas todas as hipóteses, especialmente o motivo de eles estarem reunidos com esse armamento. Os celulares foram aprendidos. Será solicitada quebra de sigilo para averiguar imagens e mensagens dos aparelhos para entender o motivo dessa reunião”, comentou o delegado.

PM em alerta

Apesar de não ter recebido qualquer tipo de ameaça, a polícia se mantém alerta sobre a possibilidade de sofrer qualquer tipo de retaliação. "Todo e qualquer confronto que resulta em indivíduos mortos a gente sempre fica alerta nos primeiros dias e nas primeiras horas, mas não existe nada em concreto”, explicou o capitão José Thomaz Costa Júnior.

O capitão afirmou que a polícia age com cautela. "Nós estamos sempre atentos e a gente acredita em tudo, mas, por enquanto, não há nenhum indício veemente de que possa haver algum tipo de retaliação porque a ocorrência foi legítima. Mas, de qualquer forma, a gente está sempre alerta. Cautela faz parte da nossa rotina e existe em todo momento”, explicou. 







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