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Os deputados Luiz Carlos Motta, Fausto Pinato e Geninho Zuliani
Foto por: Reprodução
Os deputados Luiz Carlos Motta, Fausto Pinato e Geninho Zuliani

Impeachment de Bolsonaro deixa deputados da região em cima do muro

Por: Maria Elena Covre, Fabrício Carareto, Lucas Israel e Heitor Mazzoco
25/04/2020 às 19:08
Bastidores

Apesar de dizer que acusações do ex-ministro Moro são graves, representantes da região em Brasília afirmam que vão aguardar desdobramentos


No muro 1
Dois dos três deputados federais que representam a região de Rio Preto no Congresso optaram por se esquivar sobre a abertura de processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. O ex-ministro Sergio Moro acusou o ex-chefe de interferência política nas investigações da Polícia Federal.

No muro 2
Segundo Fausto Pinato (PP), "deixaram o Moro sem saída”. "Ninguém esperava isso. A (demissão) do Mandetta (ex-ministro da Saúde) era mais previsível, até a do Guedes (Economia). O Bolsonaro deve perder algum tipo de popularidade”, afirma. Sobre o pedido de impeachment em si, ele diz que quer "ouvir as duas partes”, mas não confirma se votaria a favor da instauração do processo na Câmara dos Deputados. "Houve uma acusação. Eu, como advogado, quero ouvir as duas partes e concluir as investigações”, afirma Pinato.

No muro 3
A mesma linha foi seguida pelo deputado Geninho Zuliani (DEM). "Para a abertura de um processo de impeachment, é necessário que se tenha muito claro indícios de autoria e prova do crime de responsabilidade. Entendemos que todas as provas serão produzidas junto ao inquérito 4.829, que está sendo relatado pelo ministro Celso de Mello, no Supremo Tribunal Federal”, afirma. 

No muro 4
E continua: "Uma vez produzidas as provas neste inquérito e caso sejam constatados indícios de autoria e materialidade do crime de responsabilidade, é possível que o presidente da Câmara dos Deputados, de forma segura, possa iniciar o procedimento de impedimento do presidente Bolsonaro”, termina Geninho.

Fora do muro
Já o deputado federal Luiz Carlos Motta (PL), o terceiro representante da região no Congresso, foi curto e grosso. Por meio de sua assessoria, disse ser contra o impeachment, mas não disse os motivos.

Nas mãos de Maia
Até o momento, a Rede Sustentabilidade, o PSL e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) pediram a abertura de processo de impeachment contra Bolsonaro no Congresso Nacional, baseados nas acusações de Moro. A decisão de dar prosseguimento aos pedidos está nas mãos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Remota
De acordo com a coluna Painel da Folha de S.Paulo, líderes partidários acreditam ser remota a chance de um impeachment. A esquerda representada pelo PT não baterá no presidente por Sergio Moro. Já o centrão, que tem membros investigados pela Lava Jato, muito menos. O que pode fazer mudar o cenário é se houver de fato comoção da população em relação à saída de Moro do governo.

Moro no STF
Para o promotor de Justiça Claudio Santos de Moraes, seria "totalmente normal” e "honesto” se o ex-ministro Moro tivesse condicionado a mudança do diretor-geral da PF só em novembro, depois da concretização da sua indicação para o STF. "Qualquer pessoa de bom senso sabe que um dos objetivos maior de um juiz de direito é o de ser ministro do STF. Não há nada, absolutamente nada, de errado nisso”, afirmou Moraes. Moro, porém, negou que tenha feito essa proposta para Bolsonaro. 

Confiou demais
O promotor segue: "Eu só acho que ele se precipitou ao confiar demais em quem não merecia ao jogar para o alto sua assegurada carreira na magistratura. Enfim, é um profissional altamente honesto e competente, mas pagará um preço muito alto por essa precipitação. Que Deus o ajude a enfrentar as dificuldades que surgirão”.

Radares garantidos 1
O governo Edinho Araújo (MDB) renovou contrato com a empresa NDC Tecnologia e Informática, que é responsável pelos radares em Rio Preto, por mais 12 meses. O valor empenhado para este ano é de R$ 1,3 milhão. 

Radares garantidos 2
Pelo contrato com a NDC, firmado em 2014, é a última vez que a Prefeitura de Rio Preto pode estender a contratação por um ano. Ou seja, uma nova licitação de radares vai ocorrer no próximo ano.

Local novo... 
A Prefeitura de Rio Preto vai ligar três radares na cidade após a pandemia do coronavírus. Eles já estão nos locais, porém, sem funcionamento. Os motoristas que passam pelas avenidas Ernani Pires Domingues, de Maio e Juscelino Kubitschek de Oliveira precisarão redobrar atenção. De acordo com a Secretaria de Trânsito, os motoristas que passam serão avisados dos novos radares durante 30 dias antes do início da fiscalização. 

... radar velho
Ainda segundo a pasta, não se trata de aumentar o número de aparelhos na cidade. Anteriormente, os três radares estavam nas avenidas Brasilusa, São João e Virgílio Dias de Castro. 

Ponto final
O Ministério Público de Olímpia propôs a dissolução da Sociedade de Beneficência Portuguesa da cidade como solução para a ação civil pública que tramita na Justiça contra o ex-prefeito e hoje deputado federal Geninho Zuliani (DEM), a ex-secretária de Saúde Silvia Storti, os administradores da entidade, Luis Gustavo Alessi e Mário Montini. O motivo é a devolução do prédio em estado de abandono da Beneficência Portuguesa feita pela Prefeitura em dezembro de 2016.

Lastimáveis
Segundo a denúncia apresentada pela procuradora Valéria Andréa Ferreira de Lima, Geninho e Sílvia entregaram o imóvel "em condições lastimáveis”, enquanto Luís Gustavo Alessi e Mário Montini atuaram para "recriar” a Sociedade de Beneficência Portuguesa em Olímpia, que não atuava desde 1991, utilizando documentos não oficiais para executar supostas dívidas da Prefeitura, que ocupou o prédio de 1990 a 2016. 

Usucapião
O agora promotor do caso, André Luís de Souza, propôs a dissolução da entidade de saúde, a reparação dos danos existentes no prédio e a extinção de todas as ações da Beneficência Portuguesa contra a Prefeitura. Além disso, o prédio passaria a integrar o patrimônio da prefeitura com base na lei de usucapião, já que a administração municipal ocupou o prédio por 25 anos sem qualquer questionamento.

Demorou, mas saiu
A Prefeitura de Rio Preto publicou neste sábado (25) a abertura de licitação para a reforma do Centro Regional de Eventos. A intervenção, classificada no edital como readequação, tem um valor máximo de R$ 517 mil. O local abriga a sede da Secretaria de Esportes, abrigo para atletas e também recebe shows e eventos esportivos. 

Sem liberação
O Centro de Eventos, inclusive, ficou sem o alvará de vistoria do Corpo de Bombeiros por pelo menos 60 dias, o que impediu a realização de eventos no local. O show do cantor Zé Ramalho em outubro do ano passado quase não aconteceu em virtude da falta de licenças do Centro de Eventos.







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