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Ivany Aparecida Figliaggi Ramires
Foto por: Divulgação
Ivany Aparecida Figliaggi Ramires

Uma flor com giz na mão

Por: Glau Ramires
07/05/2024 às 16:43
Artigos

Ivany Aparecida Figliaggi Ramires. Riopretense, mulher, mãe, professora. Nasceu em 21 de junho de 1936, filha de Michele Filiaci (1892/1975) imigrante italiano e Joanna Martins Galante (1895/1977) filha de imigrantes espanhóis


Era a caçula de 12 irmãos: Francisco, Maria, Luzia, João, José (Zeca), Matilde, Laura, Arlindo,

Aventino (Tininho), Alice (Dalila) e Iguiberto (Belé). Criada na Vila Maceno, onde seu pai era importante

 comerciante de um armazém de Secos e Molhados.

Estudou no Colégio Santo André e se formou professora em 1957, iniciando sua

jornada em escola rural, lecionando para filhos de colonos, em Barretos. "Andei

muito em lombo de burros para letrar e ensinar" dizia num misto de orgulho e

complacência. Formada, alfabetizou também sobrinhos, que a chamavam carinhosamente de ’Tia Nany’.

Se casou, em 1963, com José Ramires dos Reis (1938/2022) com o qual teve 3 filhos: José Ricardo (1964),

Paulo César (1967) e Glaucia Regina (1974). Com alegria viu todos formados em economia, administração e

pedagogia, respectivamente.

Lecionou por quase toda a vida como docente de pré primário. Era contadora de

histórias e profissional dedicada, dizia que a sala de aula era o lugar que a fazia

mais feliz, na companhia da pureza das crianças. Deu aula na Escola local "A Bela

Adormecida” e depois foi efetivada pelo Estado, indo e voltando diariamente, por 17

anos para José Bonifácio (Severino Reino), por 11 anos para Nova Aliança (Abdo

Ayruth) vindo para Rio Preto apenas um ano antes da sua aposentadoria (Ruy Nazareth) em 1986.

Em uma época onde não se falava de sobrecarga feminina nem sobre saúde mental

das mulheres, seu aspecto mais desafiador foi lidar com o Transtorno Afetivo

Bipolar, o que rendeu inúmeras internações, medicações permanentes e todo

estigma desta condição.

Vany, assim conhecida, foi uma geminiana nata. Inteligente, comunicativa, alegre,

celebrativa e com uma amorosidade, educação e gentileza acima da média.

Religiosa, participava de ações sociais, na pastoral da infância da Igreja Católica e

sempre tinha uma palavra de acolhimento e incentivo. Sonhava ser cantora e

escritora. Cozinhava cantando. Foi muito amada por todos. Por isso sua partida

repentina, dia 15 de junho de 2008, dormindo, foi muito impactante.

Avó de 2 netas, Gabriela (1992) e Rosa Mariah (2011), esta última não chegou a

conhecer, minha filha, que é ensinada desde sempre, a reverenciar com orgulho e

honra sua memória e intimamente a lhe chamar de vó. Saudades eternas, mãe

querida.

 

Glau Ramires

Educadora, escritora, contadora de histórias, multiartista, produtora cultural e

ativista feminista dos Coletivos Mulheres na Política e Lugar de Mulher é Onde Ela

Quiser. Idealizadora do Projeto "Filhas de Fênix – Resiliência & Arte”

Glau Ramires
Foto por: Arquivo Pessoal
Glau Ramires






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