Bruce era o companheiro da família de Laércio Santos há sete anos. Tido como um animal caseiro, o cão da raça pitbull vivia a maior parte do tempo dentro de casa. Nas raras vezes em que saía de casa, estava sob a tutela de uma coleira.
Na última quinta-feira (31), Bruce foi morto com golpes de facão e barra de ferro desferidos por um policial aposentado, enquanto estava solto na rua em uma ocasião rara. As imagens viralizaram, correram a internet e ganharam comoção nacional.
Em depoimento, o ex-PM citou que havia sido atacado outras duas vezes pelo cão e que, por isso, teria reagido com tamanha violência contra o animal. Depois de prestar esclarecimentos à polícia, ele foi liberado.
Agora a família irá tentar reparar a situação na Justiça. Além do processo por maus-tratos, uma ação por danos morais será ajuizada nos próximos dias. "Cabe dano moral. A pena é mínima. O cachorro pertencia à família, era amado. Depois de representar na parte criminal, vamos traçar uma ação por danos morais", afirma o advogado de Laércio, Marcelo Cavalini. Segundo ele, já há entendimento neste sentido no Supremo Tribunal de Federal (STF).
Protestos
Além da repercussão nacional do caso, os moradores de Mirassol organizaram um protesto contra o agressor, saindo do local onde Bruce foi morto e indo até a casa do policial. O ato está marcado para as 19h30 desta sexta-feira (1º).