Segundo Associação de Revendedores de Gás (Aregás) de Rio Preto, dificuldade para achar o produto está relacionada com estoque desenfreado antes de estourar pandemia
A falta de gás de cozinha em Rio
Preto e até mesmo em Mirassol, cidade próxima, está relacionada a um motivo: o
estoque desenfreado e desnecessário que muitos clientes fizeram quando a
pandemia de coronavírus ameaçou estourar. Quem faz a afirmação é o presidente
da Associação de Revendedores de Gás (Aregás) de Rio Preto, Éder Freitas.
"Quando a pandemia ameaçava
estourar, todo mundo encheu os supermercados e com o gás de cozinha não foi
diferente. Muitas compras ocorreram de duas, três unidades. Agora, os que
esperaram acabar para poder comprar, sofrem. Porque, o que chega acaba rápido”,
diz.
Ainda de acordo com a Aregás, a
crise por conta da pandemia de coronavírus não resultou em alterações no preço
do produto. O gás de cozinha está sendo vendido pelo preço anterior – uma média
de R$ 78 para produtos de primeira linha e de R$ 68 e R$ 70 para produtos de
segunda linha.
Para uma família formada por
quatro pessoas, o gás de cozinha tem duração média de 45 dias. "As revendedoras
são abastecidas por volta das 11h. Às 13h já não tem mais nada”, afirma
Freitas.
Mirassol
No início da tarde desta terça-feira
(7) o DLNews percorreu alguns pontos
de vendas de gás de cozinha pela cidade e não encontrou o produto. No "Posto do
Alê”, perto da Construsol, o produto estava sendo vendido pela manhã, mas a tarde
não foi mais encontrado. O tempo de entrega era de uma hora.
A vendedora Monalisa Belisário,
que está de licença maternidade, moradora da Cohab I, precisou reservar o
produto. "Eu fui buscar água em uma distribuidora perto de casa. Deixei o meu
nome reservado para pegar o gás no prazo de três dias. Amanhã vou lá de novo.
Está bem difícil de achar para comprar”, conta.
Dicas
Para evitar aglomerações e
estoques desnecessários, a Aregás dá orientações para que não haja falta de gás
de cozinha aos clientes durante a pandemia:
-
Paciência;
- Verifique se o local de venda é
confiável para que não haja compras de produtos adulterados;
- Não aceitar preços abusivos e
denunciar aos órgãos competentes, como o Procon-SP;
- Economizar o gás de cozinha,
evitando o fogão e usando mais o microondas e a panela elétrica, se tiverem
essa possibilidade;
- As revendedoras devem atender
um cliente por vez e manter o distanciamento de 1 metro e meio entre os
consumidores;
- Procurarem atender vendendo
apenas um botijão por cliente;
- Respeitar os valores
estabelecidos e não aumentar os preços dos produtos.