Candidato do PC do B à Prefeitura de Rio Preto promete ainda administrar com a participação da sociedade organizada
O candidato a prefeito de Rio Preto Carlos Alexandre (PC do B) responde às cinco questões formuladas pelo empresário Marcos Scaldelai a pedido do DLNews. Objetivo é avaliar como o prefeiturável pensa como gestor. Scaldelai é especialista em atitudes de empreendedorismo e liderança, autor de três best-sellers e um dos empresários mais influentes do meio no Estado. Atualmente é presidente do Lide Noroeste Paulista e tem sua empresa, a Scaldelai Projetos de Crescimento. Confira:
Marcos Scaldelai: Qual sua
experiência como gestor? Como diz Falconi, "quem não mede não gerencia”. Assim
sendo, como é possível medir a eficiência das suas gestões?
Carlos Alexandre: Empresário há mais de 25 anos, administrei uma empresa que cresceu de uma sala com duas pessoas para uma rede de mais de 330 unidades espalhadas pelo Brasil. Foram enfrentados problemas os mais diversos relativos à concorrência, treinamentos, composição e recomposição de equipes, adaptação a mudanças contínuas, situações de crise, quedas e subidas repentinas. Mas a gestão pública tem características muito particulares. Sou formado em administração pública e, portanto, posso afirmar que administrar uma cidade é muito mais sentir as necessidades da população do que fazer e analisar planilhas. A priorização do ser humano faz a real diferença. Quando se compara o atendimento ao cidadão buscando sua satisfação com o atendimento aos clientes de uma empresa que tem por finalidade o lucro, percebemos a grande disparidade entre uma coisa e outra. Necessariamente ser um administrador de empresas não qualifica o prefeito, como não o qualifica ser engenheiro, professor ou médico. O que qualifica um prefeito é sua ação política para harmonizar todas as esferas do serviço público em benefício dos moradores da cidade.
Marcos Scaldelai: Quais os
maiores desafios para fomentar o ambiente privado?
Carlos Alexandre: Tenho
dito que Rio Preto precisa deixar de se dizer o melhor lugar para se viver, e
tornar-se esse lugar. Uma cidade feliz o é por eficiência de seus serviços e
satisfação de sua gente e isso, por si só, atrai investidores, empresas e
outros benefícios. Mas deixemos aqui
consignado o compromisso de trazermos industrias limpas, que amenizam riscos
para empregados e empregadores, sem agredir o meio ambiente e sem romper com a
vocação da cidade.
Marcos Scaldelai: Quais
medidas de redução de custos na estrutura pública que o a senhor implementará imediatamente, se eleito?
Carlos Alexandre: O pós-pandemia irá oferecer desafios diferentes, portanto eu penso que talvez obras
não sejam as prioridades imediatas do próximo mandato. Há que se socorrer as
pessoas, as empresas, o comércio e os serviços, a pequena indústria e a
economia familiar. E também cuidar do funcionamento orgânico da prefeitura.
Porém há que se convencer e formar as pessoas para execução dessas tarefas em
situações emergenciais, principalmente os funcionários públicos. Não haverá um
novo normal, haverá uma outra cidade que precisará de uma outra prefeitura com
outros procedimentos a serem postos em prática. Em todas as fases do nosso Programa
de Governo reforçamos a importância do domínio da Informática e Sistemas de
Comunicação com seus inumeráveis aplicativos, para que os cidadãos, desde cedo,
consigam aprender a viver nessa outra realidade. E ninguém pode ficar de fora:
estudantes, professores, profissionais liberais, funcionários públicos, agentes
de segurança, de saúde, atendentes em geral, centros comunitários, centros de
vivência, clubes de serviços, igrejas, gente de todas as idades, um
contribuindo com o outro num verdadeiro esforço de democratização do
conhecimento. Essa deverá ser uma ação pedagógica do início de nosso governo
para a tomada das decisões pragmáticas de gestão. Assim, não necessariamente
serão dispendidos tantos recursos. Há ainda uma tendência dos governos municipais
em descuidarem de projetos e verbas disponíveis, alocadas pelo Estado ou pela
Federação ou mesmo em nível internacional. Ficar atentos a essas ofertas,
contribui para a redução de custos na estrutura pública.
Marcos Scaldelai: O líder
Relevante não precisa saber tudo, mas sim, ter um time de excelência. Qual será
o perfil de seus secretários?
Carlos Alexandre: A administração pública é uma atividade essencialmente política que opera
organizando interesses diversos emanados da Câmara de Vereadores, de
Associações Empresariais e Profissionais, enfim, de toda a sociedade
organizada. Essa relação é política e solicita quadros preparados e firmes para
defenderem a execução do Programa de Governo na sua integra sem arranhar os
interesses da população. Sem dispensar conhecimentos técnicos, o que aliás
complementa a condição de líder.
Marcos Scaldelai: Qual seu
senso de urgência para resolver os problemas?
Carlos Alexandre: A
pandemia tornou tudo urgente. Assim que oficializado o resultado das urnas,
promover a transição para o rápido entendimento do cenário da administração.