Paulo Bassan, candidato a prefeito de Rio Preto pelo PRTB, isentou os colegas de medicina e de Famerp Aldenis Borim e Maurício Nogueira das duras críticas que vem fazendo ao longo de sua campanha à condução da crise do novo coronavírus no município.
Em sabatina ao DLNews/Record TV, ele disse que o secretário de Saúde (Borim) e o infectologista que integra o comitê local de gestão da pandemia (Nogueira) fizeram a parte deles, que foi dar opinião do pondo de vista da Saúde. "Eles não têm a visão geral do impacto que as decisões vão gerar na economia. A decisão final foi tomada pelo mandatário”, afirmou.
Na TV, no entanto, o discurso foi bem mais comedido do que nas redes sociais. O cirurgião pediátrico até nadou contra a corrente do bolsonarismo ao dizer que, uma vez eleito e diante do não-controle da pandemia, considera importante seguir regras sanitárias, como distanciamento social, por exemplo. Mas questiona as regras implantadas em Rio Preto.
"Precisamos de regras mais inteligentes. Em vez de reduzir o horário de atividade dos estabelecimentos, devemos aumentar. Não tem lógica reduzir. As medidas adotadas foram as opostas à lógica. Pior ainda, o prefeito disse que faria tudo da mesma forma de novo. Como é possível esperar resultados diferentes de ações iguais?”
Bassan falou ainda da sua intenção de trazer a escola cívico militar para Rio Preto, que, segundo ele, têm papel no desenvolvimento da educação, especialmente em relação aos jovens mais economicamente vulneráveis. "Por ter uma cultura disciplinadora, essas escolas impõem aquilo que as famílias hoje em dia não conseguem.”
Mesmo se dizendo um liberal na economia, Bassan não defendeu uma privatização imediata de autarquias municipais e outras empresas públicas. Segundo ele, é importante saber o melhor momento para fazer isso. Sua teoria é de que uma empresa "derrubada” teria menor valor ao ser privatizada. "É um tema espinhoso. Não é possível falar em privatizar sem conhecer por dentro”, afirmou.