A proposta do Executivo eleva de 1% para 1,25% alíquota de IPTU para imóveis construídos e de 3% para 3,75% para terrenos
Os vereadores de Rio Preto analisam na sessão desta terça-feira
(01), em regime de urgência, projeto de lei complementar do Executivo que
altera as alíquotas de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para o
próximo exercício. A proposta eleva de 1% para 1,25% a alíquota do imposto para
imóveis construídos e de 3% para 3,75% a alíquota para terrenos.
A sessão promete ser bem tumultuada porque existe uma
grande pressão popular para que os vereadores rejeitem a proposta.
O PSOL comunicou o presidente da Câmara Municipal,
Paulo Paulera, o encerramento da licença do vereador João Paulo Rillo, que reassume
imediatamente sua cadeira de modo que possa votar contra o aumento.
A Secretaria de Comunicação emitiu nota informando
sobre a expectativa da Prefeitura sobre o projeto de lei, bem como o pedido de
aumento de valor de isenção de imóveis populares, além de justificar o aumento
pretendido.
Nota na íntegra:
"A Prefeitura de Rio Preto enviou à
Câmara Municipal projeto de lei elevando o valor da isenção de IPTU para
imóveis populares. O valor atual de isenção passará de R$ 180 para R$ 250 no
próximo exercício. Com esta elevação, milhares de residências não pagarão o
IPTU no ano de 2024, principalmente nas faixas mais populares do Minha Casa
Minha Vida.
Para 2024, a Prefeitura apresentou à
Câmara projeto que eleva de 1% para 1,25% a alíquota do IPTU para imóveis
construídos, e de 3% para 3,75% o imposto dos terrenos sem construções. A
correção da alíquota é necessária para fazer frente à elevação de gastos com
setores públicos essenciais, como a assistência social, educação e saúde.
Somente no setor de saúde, o aumento da
demanda nas UBSs, UPAs e de exames e procedimentos hospitalares, elevou os
investimentos municipais em saúde em mais de 48% de 2022 para 2023. Em 2022, o
orçamento da Saúde chegou a R$ 324 milhões e a projeção para este ano é de que
alcance R$ 480 milhões.
O secretário de Governo Jair Moretti
afirma que houve, nos últimos anos, uma grande valorização no preço de mercado
dos imóveis em Rio Preto, mas o IPTU continua sendo calculado pelo valor venal
cadastrado na Prefeitura, que não é atualizado há mais de dez anos.
"Nossa expectativa é de que a correção da alíquota
seja aprovada, pois necessitamos de recursos adicionais no ano que vem para
enfrentar o aumento dos custos públicos e continuar prestando bons serviços aos
rio-pretenses em todas as áreas da administração. O IPTU é uma fonte importante
de receita para que a administração municipal possa atender aos munícipes com
qualidade e eficiência”, explicou o secretário Moretti.