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O dólar comercial recuou 1,02%, a R$ 5,2220, acompanhando também uma tendência de baixa da moeda americana no exterior.
Foto por: flickr
O dólar comercial recuou 1,02%, a R$ 5,2220, acompanhando também uma tendência de baixa da moeda americana no exterior.

Bolsa fecha seu melhor dia em 2 meses e dólar cai 1% após Selic

Por: FOLHAPRESS - CLAYTON CASTELANI
04/08/2022 às 21:30
Economia

O otimismo predominou no mercado financeiro doméstico nesta quinta-feira (4), com investidores avaliando a decisão do Banco Central d...


O otimismo predominou no mercado financeiro doméstico nesta quinta-feira (4), com investidores avaliando a decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic a 13,75% na véspera. Embora a autoridade monetária tenha deixado a porta aberta para um novo aumento em setembro, existe a expectativa de uma pausa no aperto ao crédito.

O Ibovespa subiu 2,04%, a 105.892 pontos. É o melhor resultado desde 9 de junho para o indicador que serve de parâmetro para a Bolsa de Valores brasileira.

Setores que dependem de juros mais baixos foram amplamente beneficiados pelo clima favorável ao risco, principalmente as ações de empresas que estão em baixa neste ano.

Gigantes do varejo nacional, Magazine Luiza e Via dispararam 13,99% e 12,73%, respectivamente. A empresa de cupons de descontos Méliuz saltou 15,04%. A aérea Gol subiu 14,81%, e a construtora MRV, 12,73%.

O dólar comercial recuou 1,02%, a R$ 5,2220, acompanhando também uma tendência de baixa da moeda americana no exterior.

"O mercado se animou bastante com a sinalização de que a alta de juros tenha terminado nesta reunião", comentou Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital. "Os mercados de juros passaram a cair e isso estimulou bastante a Bolsa."

Silva destacou ainda que há um claro movimento de rotação de carteiras: investidores trocando papéis mais defensivos, como os do setor de commodities, por ações mais sensíveis aos juros. "Empresas ligadas ao mercado interno tiveram desempenho muito bom", comentou.

Assim como na véspera, o preço de referência do petróleo caía nesta quinta a níveis anteriores aos dias que antecederam a invasão da Ucrânia pela Rússia. No início da noite, o barril do Brent recuava 3,55%, a US$ 93,34 (R$ 490). ​

A desvalorização da matéria-prima ocorre após relatório do governo americano reportar queda na demanda por combustíveis. Além disso, o aumento nos pedidos de seguro-desemprego reforçaram a fraqueza da economia americana.

Apesar da queda da commodity, as ações mais negociadas da Petrobras sustentaram uma alta de 0,97% na Bolsa brasileira. A petroleira anunciou um corte no preço do diesel nesta quinta (4).

No exterior, os principais mercados não indicaram uma direção específica. Em Nova York, o indicador de referência S&P 500 caiu 0,08% e o índice das companhias de grande valor, o Dow Jones, cedeu 0,26%.

Já o setor de tecnologia e de empresas com maior potencial de crescimento apresentou ganhos, revelou a alta de 0,41% do índice Nasdaq.

Na Europa, a Bolsa de Londres teve ligeira alta de 0,03% no dia em que o Banco da Inglaterra anunciou um aumento de 0,5% da sua taxa básica de juros. Este é o maior aumento da taxa desde 1995.

A medida foi tomada na tentativa de conter uma inflação que pode atingir 13% ao ano em outubro.

Nesta quarta-feira (4), o Ibovespa já havia subido 0,40% em uma sessão de amplos ganhos para empresas de tecnologia, varejo e finanças, que tendem a se beneficiar em um contexto de desaceleração da escalada dos juros.

O mercado apostou amplamente que na elevação de 0,50 ponto percentual da taxa Selic, o que foi confirmado após a divulgação do resultado da reunião de política monetária do Banco Central.




Publicado em Thu, 04 Aug 2022 21:14:00 -0300







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