Com isso, o processo volta para as mãos da Justiça, que irá decidir o futuro do maior estádio da cidade. Segundo o judiciário, o estádio está orçado em R$ 35 milhões e já passou por três outras praças, além de uma tentativa de venda direta, também frustrada.
O caso se arrasta na Justiça há anos sem entendimento quanto aos valores. A diretoria sustenta que o estádio vale mais de R$ 200 milhões e não pretende abrir mão do valor. "Nós vamos continuar discutindo o valor da avaliação. Entendemos que o imóvel foi a leilão a preço vil. O América não tem interesse que o estádio seja leiloado e não dê para pagar as dívidas que ele (o clube) tem", afirmou o advogado Emílio Ribeiro Lima, que defende o clube.
As dívidas trabalhistas do clube estão estimadas em R$ 10 milhões e o valor arrecadado com a venda do estádio será destinado ao pagamento de ex-funcionários.
A área do estádio foi doada para o clube pela Prefeitura em 1975 para a construção do estádio, que nunca ficou totalmente pronto. Em 2015, uma lei - de autoria do ex-vereador Dourival Lemes - passou a limitar o uso da área apenas a prática esportiva, com o objetivo de afugentar os possíveis interessados.
Política
A briga política do clube também interfere no caso. Luiz Donizete Prieto, o Italiano, está em pé de guerra com o Conselho Deliberativo, comandado por outro ex-presidente, Pedro Batista. Os dois grupos organizaram eleições e agora esperam que a Justiça dê a resposta sobre quem, efetivamente, comanda o Rubro.
Prieto sustenta que o clube tem investidores que injetariam dinheiro no clube e permitiria o parcelamento do pagamento das dívidas, mas para isso, ele depende que o América seja transformado em uma Sociedade Anônima (S/A). A proposta já teria sido encaminhada aos conselheiros. "O problema é essa briga política, senão já teríamos parcelado isso", afirma Prieto, que "Quem está atrapalhando é o Pedro Batista. Se não estivesse atrapalhando, já estava todo mundo recebendo".