Elas são funcionárias concursadas de uma creche municipal de Cajobi e foram afastadas depois que mães de três crianças formalizaram as denúncias contra elas na polícia.
Uma professora e uma cuidadora foram afastadas das
atividades que exerciam em uma creche municipal de Cajobi, na manhã desta
terça-feira (12). Isso porque as mães de três crianças procuraram a Polícia Civil
e relataram que os bebês, de 2 e 3 anos, estariam apresentando sintomas na região
genital, na sexta-feira (8).
As professoras estão afastadas das atividades desde
segunda-feira (11). A decisão foi tomada pelo setor Jurídico e pela Secretaria
de Educação de Cajobi embasados no estatuto do funcionário público municipal para
preservar tanto as funcionárias quanto as crianças.
"Essa é a medida prevista pelo estatuto quando acontece uma
situação assim. Os funcionários são afastados enquanto os fatos são apurados”,
afirmou a secretária de educação e cultura de Cajobi, Angela Maria Bottino
Geraldo da Costa.
As mães formalizaram a denúncia na sexta-feira (8). Uma
delas, mãe de uma menina de 2 anos, contou à polícia que a avó da criança havia
notado vermelhidão e inchaço no órgão genital da bebê, mas acreditou na
possibilidade de ser uma alergia.
Aproximadamente 20 dias depois, a avó teria percebido os
menos sintomas e observado, ainda, que havia sague na urina da criança. Desde
então, a criança não foi mais à creche e a mãe dela passou a procurar as mães
das outras crianças e questionar se elas estavam apresentando comportamento
estranho.
Ainda segundo o relato da mãe na delegacia, outras mães
disseram que os bebês delas também estavam demonstrando comportamento diferente
e se recusando à irem até a creche.
Duas mães, de um menino de 2 anos e de uma menina de 3,
disseram que perceberam os mesmos sintomas nos genitais dos filhos. As mães
disseram também que todas as três crianças contaram que as tias da escola
haviam introduzidos os dedos nas vaginas e anus delas. Todas decidiram procurar
a polícia, que instaurou um inquérito para investigar possível estupro de
vulnerável.
Ainda segundo Angela, secretária de educação, assim que a
Secretaria de Educação foi notificada pelo Conselho Tutelar sobre as denúncias,
as medidas previstas no estatuto do funcionário público foram colocadas em
prática.
"Nós não fomos procurados pelas mães. Soubemos pelo Conselho Tutelar e já encaminhamos a situação para o setor jurídico, que instaurou uma investigação interna e decidiu afastar as funcionárias enquanto a gente apura o que aconteceu. É uma situação muito delicada”, disse a secretária.