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Vice - presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de São José do Rio Preto e Liderança no grupo Mulheres do Brasil Rio Preto do Comitê contra violência à mulher.
Foto por: Arquivo Pessoal
Vice - presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de São José do Rio Preto e Liderança no grupo Mulheres do Brasil Rio Preto do Comitê contra violência à mulher.

Mais um 08 de março

Por: Lana Braga
07/03/2022 às 21:30
Artigos

Não são sobre flores e nem sobre receber homenagens, o dia das mulheres é apenas um lembrete sobre as conquistas e dores que ainda nós mulheres vivemos, um dia para pensar na nossa luta e também um dia para celebrar todas as vitórias conquistadas.


É uma data importante, pois tenta fazer com que o mundo pare por um dia para ouvir o que as mulheres têm a dizer e, a cada pequena intervenção, as mudanças necessárias vão ganhando possibilidades de serem  implementadas na sociedade.

Quando falamos em celebrar as conquistas, é que nossas vitórias sempre foram tão suadas, que não há como não pensar   nesses momentos  e lembrar que, por causa dessas manifestações, hoje nós mulheres podemos  votar e sermos  votadas, podemos representar nossa comunidade,  sermos independentes, e estamos mais próximas da possibilidade de sermos quem quisermos.

O dia 08 de março precisa ir para além da mídia. Existe muita história para além dessa data e precisamos ser lembradas e ter nossas vozes escutadas diariamente para que pautas femininas não fiquem apenas no discurso pronto, mas sim para que nossas causas e necessidades se tornem parte de nossa sociedade.

O futuro sempre começa hoje e, se queremos mudar esse cenário, é necessário tomar partido neste 08 de março e em todos os dias para pensar que ações vêm sendo feitas para impulsionar mulheres a ocuparem mais espaços e serem fontes de inspiração para jovens e meninas da nova geração

No Brasil ocupamos o 5º lugar entre os países com maiores índices de violência doméstica. E algumas mulheres ainda se punem por se sentirem culpadas, mesmo que claramente sejam vítimas. Existem ainda barreiras culturais a serem rompidas, para que as mulheres possam se livrar da culpa de deixarem para trás relacionamentos falidos, para que possam parar de sofrer em relacionamentos abusivos por falta de coragem e muitas vezes por falta de escolha. A violência psicológica e moral ainda é uma realidade cotidiana para muitas de nós, assim como milhares de violações na internet, através da exposição indevida de informações pessoais e imagens. Dados concretos comprovam que as mulheres são mais vulneráveis ao assédio moral, principalmente no trabalho.

A violência contra a mulher não conhece limites de tempo, espaço ou classe social, acha-se presente em todos os lugares, não importando a idade ou condições pessoais, financeiras ou profissionais da vítima e manifesta-se sob as mais diversas formas.

O dia 08 de março, para além da comemoração, é um dia para reflexão no que diz respeito a toda violência e desigualdade que a mulher ainda sofre apesar de tantas conquistas. É momento de quebrar o silêncio que por vários momentos ainda insiste em normalizar a tentativa de expressão de opiniões, a violência e as diferenças que sofremos apenas por sermos mulheres.

Aproveitemos este dia para repensar atitudes que contribuam para desconstruir essa sociedade ainda machista para que as próximas gerações possam viver em um mundo sem desigualdade, sem preconceito e sem violência de gênero e de todos os tipos.

Lana Braga - Vice - presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de São José do Rio Preto e Liderança no grupo Mulheres do Brasil Rio Preto do Comitê contra violência à mulher.







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