Estatísticas do Infosiga SP apontam redução de 58% nos óbitos envolvendo ocupantes de automóveis no comparativo de dezembro de 2020 com mesmo período de 2021
São José do Rio Preto, 18 de janeiro de 2022 – De acordo com os
novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo
programa Respeito à Vida e Detran.SP, a região de São José do Rio Preto teve
queda de 42% nas mortes no trânsito na comparação entre os meses de dezembro de
2020 e 2021. Foram apontadas 36 ocorrências fatais no ano retrasado contra 21
no ano passado.
Já no acumulado de janeiro a dezembro dos dois últimos anos, a
queda registrada foi de 17% nas fatalidades no trânsito. Foram contabilizados
260 acidentes em 2020 e 217 no ano passado. O número total de acidentes com
vítimas, que incluem ocorrências não fatais, aumentou 8% na comparação entre
dezembro de 2020 com 2021, de 846 para 917 ocorrências.
Houve queda de 58% nas mortes de ocupantes de automóveis na
comparação entre os meses de dezembro de 2020 e 2021. O número de 19 óbitos no
trânsito no ano retrasado caiu para oito em 2021.
Em relação às ocorrências fatais com pedestres, em dezembro de
2020 foram apontados três casos contra dois óbitos registrados no mesmo período
no ano passado, queda de 33%. Também foi registrada queda de 9% nos óbitos de
motociclistas, de 11 ocorrências em dezembro de 2020 para 10 no mesmo período
do ano passado.
Em relação às ocorrências fatais com ciclistas, os números
mantiveram estáveis. Foi registrada uma fatalidade no trânsito tanto em
dezembro de 2020 quanto em 2021.
Estado
O Estado de São Paulo registrou pequena queda no número de mortes
no trânsito no comparativo entre o acumulado de janeiro a dezembro de 2020 com
2021. Foram contabilizados 4.864 óbitos por acidentes de trânsito no ano
retrasado ante 4.844 em 2021 (-0,4%). Já na comparação entre os meses de
dezembro de 2020 com o mesmo período do ano passado, houve um pequeno aumento
de 2,6% nas fatalidades, de 427 para 438.
Sobre o
programa Respeito à Vida
Programa do Governo do Estado de São Paulo, atua como articulador
de ações com foco na redução de acidentes de trânsito. Gerido pela Secretaria
de Governo por meio do Detran.SP, envolve ainda as secretarias de Comunicação,
Educação, Segurança Pública, Saúde, Logística e Transportes, Transportes
Metropolitanos, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos
da Pessoa com Deficiência.
O Respeito à Vida também é responsável pela gestão do Infosiga SP,
sistema pioneiro no Brasil, que publica mensalmente estatísticas sobre
acidentes com vítimas de trânsito nos 645 municípios do Estado.
O programa mobiliza a sociedade civil por meio de parcerias com
empresas e associações do setor privado, além de entidades do terceiro setor.
Em outra frente, promove convênios com municípios para a realização de
intervenções de engenharia e ações de educação e fiscalização.
Diversas medidas têm sido adotadas para reduzir a mortalidade
relacionada nas rodovias do Estado de São Paulo. Entre elas, algumas de maior
impacto podem ser destacadas.
Velocidade no atendimento
A redução no tempo de atendimento às vítimas de acidentes pode
reduzir a mortalidade em até 60%. Em rodovias, esse aspecto é ainda mais
relevante, dado os tempos naturalmente dispendidos entre o deslocamento da
equipe de resgate até o local do acidente e, em situações mais graves, dali
para o hospital mais próximo.
Os socorristas chamam esse período crítico de "A Hora de
Ouro", que é absolutamente relevante para as estatísticas de salvamentos
de acidentes de trânsito.
Iluminação em trechos urbanos
Estudos indicam forte redução de mortalidade em trechos urbanos de
rodovias que foram iluminadas. Um estudo que reuniu resultados de 50 pesquisas
referentes ao impacto sobre os acidentes da iluminação em vias previamente não
iluminadas concluiu pela de redução de 60% em acidentes fatais nessas áreas.
Cinto de
segurança no banco traseiro
Uma pesquisa realizada pela Agência de Transporte do Estado de São
Paulo (ARTESP) em rodovias concedidas indicou, em 2019, que em torno de 10% das
pessoas não usam o cinto de segurança nos bancos dianteiros e 30% no banco
traseiro.
Essa prática é de extrema importância e vem sendo estimulada por
meio de campanhas educativas e fiscalização, uma vez que estudos indicam
redução de mortalidade em torno de 25% para ocupantes do banco traseiro e 45%
para os bancos dianteiros.