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Letícia Banzatto Monteiro (MML e PSTU)
Foto por: Arquivo Pessoal
Letícia Banzatto Monteiro (MML e PSTU)

Conhecer nossa história para organizar a luta e mudar o mundo

Por: Letícia Banzatto Monteiro
09/12/2021 às 16:32
Artigos

A falta de informação concreta sobre as transformações históricas da mulher e da família é um dos maiores obstáculos com que nos defrontamos


As rebeldes sentem instintivamente a escravidão e o estado de inferioridade a que foram submetidas e relegadas. No entanto, a maioria das mulheres não compreende que seu problema não existia antes da instauração da sociedade de classes, que as tirou da elevada posição de igualdade que desfrutavam na sociedade primitiva. Muito vagamente se dão conta de que a submissão das mulheres caminha paralelamente com a exploração dos trabalhadores em seu conjunto.

No passado, na sociedade comunitária, em que ainda não existia a família como um núcleo isolado, era inútil e irrelevante saber, por exemplo, quem era o pai biológico, ou inclusive a mãe biológica. Todos os adultos de um clã se consideravam pais sociais de todas as crianças e, se preocupavam com todos, igualitariamente. Portanto, não existia uma situação tão trágica e anormal como a de uma criança superalimentada de um lado, e do outro, crianças abandonadas, doentes ou famélicas.

Briffault em 1927, demonstrou que as mulheres haviam adquirido sua posição privilegiada na sociedade primitiva não só por serem procriadoras, mas porque como resultado desta função específica haviam se convertido nas primeiras produtoras de gêneros essenciais para viver. Muitos outros estudiosos como V. Gordon Childe, Sir James Frazer citaram detalhadamente a ampla gama de atividade produtivas desempenhadas pelas mulheres primitivas, e o papel crucial que com isso tiveram na elevação do gênero humano para além da modesta economia da idade selvagem.

Assim, elas foram não só as primeiras trabalhadoras industriais e as primeiras agricultoras, como desenvolveram também a sua mente e inteligência graças a variedade de trabalhos que tinham, convertendo-se nas primeiras educadoras ao transmitir seus conhecimentos e sua herança cultural a novas gerações de produtores.

Com o surgimento do novo sistema de propriedade privada, e da família monogâmica, as mulheres se dispersaram e cada uma se converteu em uma esposa solitária e mãe confinada a um lar isolado. Esse processo histórico foi negado e silenciado por aqueles que desejavam manter os mitos e defendem a existência eterna da instituição matrimonial e da família.

Uma vez abolida a sociedade capitalista e instauradas relações de tipo socialista, as mulheres serão emancipadas como sexo, pelas mesmas forças que libertarão todos os explorados e oprimidos. Para isso, precisamos de ampla unidade entre as trabalhadoras/es, a juventude e o povo pobre para construirmos uma alternativa de classe, com independência financeira e com perspectiva socialista e revolucionária para derrubarmos nas ruas governos como o de Bolsonaro, mas também, os travestidos de esquerda que fazem aliança com a burguesia. As lições históricas que tivemos, mostraram que não há saída para a classe trabalhadora que seja por dentro do sistema capitalista.

              

Letícia Banzatto Monteiro (MML e PSTU)

 







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