Projeções traçadas pela APAS apontam que o Auxílio Brasil e o 13º salário devem impulsionar as vendas de fim de ano nos supermercados
O Auxílio Brasil deve injetar R$ 1,7 bilhão na economia
paulista. Somado ao aporte de recursos provenientes do 130 salário, as projeções do setor
supermercadista apontam para um crescimento de 1,25% nas vendas para 2021.
Com
base no mês de setembro, as vendas dos supermercados no Estado de São Paulo
tiveram redução de 8,25% nos últimos 12 meses, segundo o Índice de Vendas dos
Supermercados (IVS*), apurado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS),
após ser dessazonalizado e deflacionado pelo Índice de Preços dos Supermercados
(IPS) para o mesmo período, que foi 12,99%. O resultado pode ser explicado
pelos impactos duradouros da pandemia da Covid-19, que provocaram distorções
nas demandas de consumo, alteraram hábitos dos consumidores e ocasionaram por
um longo período o fechamento de bares, restaurantes e do comércio não
essencial.
No
acumulado de janeiro a setembro de 2021, o faturamento real do setor
supermercadista registrou queda de 10,11% em relação ao mesmo período do ano
passado. A comparação entre setembro de 2020 com setembro de 2021 aponta uma
diminuição no faturamento real de 10,90%. Para o economista-chefe da APAS,
Diego Pereira, o desempenho do setor está sendo comprometido pela redução da
capacidade de compra do consumidor em decorrência da inflação. "Embora o
nível da atividade econômica esteja superior ao do período pré-pandemia, esses
efeitos serão percebidos de forma gradual, conforme ocorrer um controle na alta
dos preços. As últimas ações do Banco Central, como o aumento da taxa básica de
juros, visam desacelerar a inflação e recuperar o poder aquisitivo das
famílias", explica Pereira.