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Foto por: Ilustração
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Gaeco investiga escritórios de Rio Preto suspeitos de abrirem empresas fantasmas para sonegação de R$ 40 mi

Por: Joseane Teixeira
27/10/2021 às 14:23
Polícia

Operação "Borracha Mineira" tem como principal alvo uma empresa de Fronteira, responsável pela comercialização de boa parte do látex do estado de Minas Gerais. Investigações apontam associação criminosa entre empresário e contadores de Rio Preto.


Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Polícia Militar, cumpriram hoje mandados de busca e apreensão em dois escritórios de Rio Preto, localizados nos bairros Vetorasso e Alvorada, investigados por envolvimento em esquema milionário de sonegação de impostos relacionados ao comércio de látex.

Segundo informações do Gaeco, o empresário dono da empresa alvo, localizada em Fronteira/ MG, se associou a contadores com escritórios em Rio Preto, que se encarregam de abrir as empresas de "fachada” em nome de "laranjas”, que normalmente são pessoas humildes, sem capacidade financeira, sendo que alguns deles provavelmente nem sabem que seus nomes estão sendo utilizados para a prática de atos ilícitos.

Um exemplo citado pelo promotor Thiago Ferraz, em entrevista ao Diário da Região, foi de uma auxiliar de cozinha que teve empresas registradas em seu nome e cuja investigação detectou movimentação financeira na cifra de R$ 84 milhões somente no 2º semestre de 2020.

"Ela recebe salário de R$ 1, 4 mil e não tem sequer conta corrente”, afirmou.

A operação Borracha Mineira, deflagrada nesta quarta-feira pelo Ministério Público de Minas Gerais, visa combater sonegação de impostos no setor de comércio de látex de seringueira.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em residências e dois mandados de busca e apreensão em estabelecimentos comerciais e escritório de contabilidade.

A empresa alvo da operação, em Fronteira, comercializou, sozinha, a partir de setembro de 2016, 52,3% de toda a borracha natural que saiu do Estado de Minas Gerais, correspondente a 65,3 mil toneladas, no valor de R$356,05 milhões, gerando um ICMS no importe de R$40,6 milhões, valor não recolhido ao Estado de Minas Gerais. Para sonegar o imposto, a empresa alvo compra a produção de borracha natural dos produtores rurais mineiros e simula comprar o mesmo produto de empresas "de fachada”, também conhecidas como "noteiras”, localizadas principalmente nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Pará e Maranhão.

A operação deflagrada visa elucidar a prática dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, lavagem de capitais e crimes contra a ordem econômica e tributária.


Com informações da assessoria de imprensa do Gaeco/MG

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