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CEI dos Transportes ouve Gentil Zanovello Affonso, da Itamarati
Foto por: Divulgação
CEI dos Transportes ouve Gentil Zanovello Affonso, da Itamarati

Sem reequilíbrio financeiro, o contrato fica inviável, dizem representantes do transporte coletivo

Por: Da Redação
15/10/2021 às 19:04
Política

"Da maneira como está, não temos interesse. Se não houver reequilíbrio, seja da tarifa ou do subsídio, a tendência é não aceitarmos", afirma representante da Itamarati


O superintendente da empresa Itamarati, Gentil Zanovello Affonso, e o diretor de tráfego da Santa Luzia, Joaquim Roberto Pavão, falaram nesta sexta-feira à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Rio Preto que investiga falhas e irregularidades no serviço de transporte coletivo em Rio Preto. Aos vereadores Robson Ricci (Republicanos), Francisco Júnior (DEM) e Júlio Donizete (PSD), os dirigentes das empresas disseram que, sem reequilíbrio financeiro, o contrato fica inviável.

"Da maneira como está, não temos interesse. Se não houver reequilíbrio, seja da tarifa ou do subsídio, a tendência é não aceitarmos. O nível da demanda está muito baixo. A pandemia impactou todo o sistema de transporte", disse o representante da Itamati. "Hoje está muito ruim. R$ 4,22 (tarifa técnica) não remunera a operação. O atual modelo de contrato não prevê que queda na demanda impacte na tarifa, e assim vamos acumulando prejuízo. Hoje transportamos menos pessoas que há 10 anos", completou Affonso.

Segundo ele, em conversas com representantes da Prefeitura, já foi conversado sobre mudança no sistema de remuneração, considerando a demanda de passageiros e readequação da tarifa técnica para em torno de R$ 5,50. "Seria o ideal. Vemos com bons olhos essas mudanças, mas mesmo assim ainda estamos analisando." Em caso de rejeição do projeto de renovação pela Câmara, ele afirmou que a empresas "jamais deixaria Rio Preto na mão", mantendo a operação até a chegada de uma substituta.

Pavão, da Santa Luzia, afirmou que "no último ano óleo diesel subiu 40% e representa 25% do custo. E hoje transportamos média de 68 mil passageiros por dia, contra 105 mil em 2019. Esse contrato trouxe consequências até hoje discutidas e entramos na Justiça para discutir essa defasagem. Na pandemia trabalhamos com até 90% da frota para transportar 30% da demanda. Esse atual modelo não dá".

Segundo ele, se forem confirmadas as novas propostas previstas na minuta apresentada pela Prefeitura, existe o interesse na renovação por 10 anos. Júlio Donizete quis saber se haveria interesse em renovar o contrato por um ano. "Teria de discutir com a sociedade (empresa), mas nos sentimos prejudicados. O contrato prevê possibilidade de renovação por até 10 anos. Se temos direito a 10, porque um? Mas claro, a Câmara precisa aprovar", respondeu.

A tarifa técnica de R$ 4,80 feita pelo secretário de Trânsito, Amaury Hernandes, em audiência na Câmara, interessa à Santa Luzia. Pavão disse que "se chegar aos 68 mil passageiros dia que foram projetados, com R$ 4,80, dá para trabalhar". Ele admitiu que a empresa levou "3 ou 4 multas" por lotação dos ônibus além do limite permitido no período da pandemia, mas houve adequação logo em seguida.

Após licitação, Itamarati (com 32%) e Santa Luzia (68% das linhas) começaram a operar o atual contrato em 2011. Para renovar o atual contrato por 10 anos, devem agora pagar uma outorga de R$ 20 milhões à Prefeitura. Mais três audiências públicas serão realizadas. A primeira, no dia 18, às 19 horas, na paróquia Santo Antônio de Pádua, na zona norte. A segunda, no dia 20, na escola Álvaro Luiz Angeloni, e no dia 25 no plenário da Câmara Municipal. A Câmara já aprovou a legalidade do projeto de renovação por 10 anos pela legalidade. No próximo dia 26 está marcada a votação do mérito da proposta.







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