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‘Ilha do medo’ Sugestão disponível na Netfix
Foto por: Divulgação
‘Ilha do medo’ Sugestão disponível na Netfix

Sugestão para o final de semana: o incrível e psicótico ‘Ilha do medo’

Por: Miguel Flauzino
24/09/2021 às 11:09
Cultura e Diversão

Filme está disponível na Netflix


Como não pude conferir nenhum lançamento durante estas duas semanas, nada melhor do que uma bela indicação para açucarar seu final de semana. E esta, particularmente é simplesmente incrível, mas desde já aviso e insisto: não pause o filme, isso irá atrapalhar sua experiência.

Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de um paciente no Shutter Island Ashecliffe Hospital, em Boston – uma prisão para loucos, resumidamente. No local, ele descobre que os médicos realizam experiências radicais com os pacientes, envolvendo métodos ilegais e antiéticos. Teddy tenta buscar mais informações, mas enfrenta a resistência dos médicos em lhe fornecer os arquivos que possam permitir que o caso seja aberto. Quando uma forte tempestade deixa a ilha sem energia, diversos prisioneiros conseguem escapar e tornam a situação ainda mais perigosa.

Por estarmos falando de uma indicação, claramente que não farei críticas – até porque não indicaria um filme que não gosto, né. Mas um peso absurdo para você não deixar de conferir esta produção é o nome Martin Scorsese. Este sernhorzinho (na época nem tanto) é um nome de muito peso em Hollywood e que dispõe de um currículo grande e digamos que até invejoso para inúmeros cineastas: Táxi Driver (1976), Os Bons Companheiros (1990), Os Infiltrados (2006), O Lobo de Wall Street (2013), O Irlandês (2019), entre outros.

Em ‘Ilha do medo’ Scorsese consegue nos imergir em uma confusão psicológica incrível. Nos primeiros minutos, o diretor utiliza a falta de continuidade para já evidenciar a loucura em que Teddy e Chuck estariam entrando; claro, não somente eles, mas nós também – sinceramente, na primeira vez que conferi pensei que fosse um erro de edição, que bobo. Bem como a direção de arte localiza o espectador em um ambiente escuro, com uma construção visivelmente velha, acompanhada de chuvas e trovões intensos, fora os bizarros integrantes. Todos estes elementos ajudam no objetivo da entrega psicótica e excêntrica da obra.

Além disso, as trilhas sonoras de Robbie Robertson, ainda que exageradas em determinados momentos, sempre possuem o objetivo de potencializar o sentimento de estranheza, no qual é eficaz. Como por exemplo no momento em que o personagem de DiCaprio e Ruffalo estão chegando ao portão da ilha e a orquestra de Robertson vem em uma crescente de se espantar.

Ainda mais, os cortes rápidos solidificam a sensação de ritmo acelerado, fazendo com que nós comecemos a ficar confusos e também loucos com as suposições de Teddy. E esta questão é interessantíssima quando se percebe que as dúvidas surgidas para o detetive também começam a se aflorarem para o espectador, já que tudo está acontecendo a partir da visão dele. Como por exemplo a desconfiança dos guardas, as informações dos médicos (Ben Kingsley), entre outras coisas.

Porém, o que mais fascina em ‘Ilha do medo’ é o final surpreendentemente brilhante. Apesar dos vestígios surgirem desde os primeiros minutos, não é possível ter uma resposta concreta do por que das alucinações, sonhos, flashes e etc, e isso é sensacional, já que nos instiga a buscar as respostas, ou seja, ver o filme todo.

Talvez escrevesse páginas do Word falando sobre, mas não me prolongarei mais. Só digo que vale o seu tempo. Prepara uma pipoca, deixa a sala escura e bom filme!

OBS: repito, não pause.

 









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