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Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Sênior
Foto por: Divulgação
Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Sênior

Apesar de habeas corpus, executivo rio-pretense diz que vai responder a senadores na CPI

Por: Maria Elena Covre e Milton Rodrigues
21/09/2021 às 19:41
Bastidores

Pedro Batista Júnior, médico e diretor-executivo da Prevent Sênior, será ouvido na CPI da Pandemia do Senado na manhã desta quarta (22). O HC solicitado à Justiça, segundo sua assessoria, é para "impedir situações de constrangimento e prisão ilegal"


No olho do furacão 1
O rio-pretense Pedro Batista Júnior é o foco dos olhares, e da mídia nacional, nesta quarta-feira (22). Médico e diretor-executivo da Prevent Sênior, ele será ouvido logo pela manhã pelos integrantes da CPI da Pandemia no Senado Federal, depois de adiar em uma semana o seu depoimento, inicialmente marcado para a semana passada. 

No olho do furacão 2 
Segundo a assessoria de imprensa da Prevent Sênior, em resposta a questionamentos do DLNews, Pedro Batista Júnior chegou a Brasília nesta terça-feira (20) com tempo para se preparar para o depoimento. E, mesmo de posse de um habeas corpus que lhe dá o direito de ficar calado, como fizeram muitos dos depoentes até agora, o rio-pretense vai falar. O HC solicitado à Justiça, continua a assessoria, é para "impedir situações de constrangimento e prisão ilegal". 

Outro da região 
Em 18 de agosto, um outro personagem da região, o advogado Túlio Belchior Mano da Silveira, esteve na bancada da CPI como depoente. No entanto, convocado a prestar depoimento por ser considerado uma das peças-chave no bilionário contrato da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde para a venda da vacina indiana Covaxin, ele se apoiou num habeas corpus para ficar calado diante das perguntas dos senadores. Silveira tem escritório de advocacia em Nhandeara, onde residem seus familiares diretos, embora ele more em Brasília, oficialmente. Depois do não-depoimento, a CPI optou por torná-lo investigado em vez de testemunha. 

Prevent Sênior
Já o médico-executivo de Rio Preto foi convocado pela CPI depois que a Prevent Sênior, empresa que opera planos de saúde e acumula hospitais, clínicas e laboratórios em São Paulo, virou alvo de investigação pelos integrantes da comissão. A empresa de saúde suplementar acabou no olho do furacão devido a reportagens na imprensa sobre denúncias de um grupo de médicos que dizem terem sidos forçados a adotar o Kit Covid em pacientes infectados pelo coronavírus. Isso mesmo diante da falta de comprovação científica da eficácia do chamado tratamento precoce. A partir daí, várias outras denúncias acabaram ganhando corpo na mídia. Para a CPI, o depoimento do rio-pretense pode ser fundamental para dimensionar até onde foi o papel do chamado gabinete paralelo dentro do Ministério da Saúde.  

Contra-ataque 1
A Prevent, por sua vez, vem negando sistematicamente as denúncias, que chama de mentirosas e armadas. Diz também que tudo foi levado anonimamente à CPI da Covid e à imprensa. Por isso, segundo a assessoria, a empresa pediu nesta segunda-feira (20), antevéspera do depoimento de Pedro Batista Júnior, que a Procuradoria Geral da República "investigue as denúncias infundadas e anônimas levadas à CPI por um suposto grupo de médicos". 

Contra-ataque 2
"Estranhamente, antes de as acusações serem levadas à comissão do Senado, uma advogada que representa esse grupo de médicos insinuou que as denúncias não seriam encaminhadas à CPI se um acordo fosse celebrado. Devido à estranheza da abordagem, a Prevent Senior tomará todas as medidas judiciais cabíveis para esclarecer os fatos e reparar os danos a sua imagem”, diz a empresa. 

Computador de Zanovelo 
Ao cumprir um mandado de busca e apreensão na casa do rio-pretense  Marco Zanovelo nesta terça-feira (21), a Polícia Federal, que investiga supostas irregularidades na instalação de dois hospitais de campanha na cidade de Paulínia, levou um computador utilizado pelo empresário. A PF disse ainda que, além de computadores, apreendeu documentos em todos os mandados cumpridos. 

Carga Implosiva 
A PF deflagrou a Operação Carga Implosiva para apuração de fraude em licitação relacionada à contratação de empresa para montagem de dois hospitais de campanha na cidade de Paulínia durante a pandemia da Covid-19, entre abril e maio de 2020, no valor de 4 milhões de reais. 

Plano B na crise 
Zanovelo ganhou dinheiro e visibilidade além das divisas de Rio Preto montando estruturas para a realização de grandes shows e festas do peão em todo o País. Com pandemia no Brasil, que começou no início de 2020, e a consequente suspensão dos eventos com público, o empresário canalizou sua empresa para dois tipos de atuação ligados à crise sanitária: a construção de hospitais de campanha e a realização de testes de Covid-19 delivery. Veículos adaptados colhiam material e entregavam resultados em pouco tempo nos condomínios, empresas e todos os tipos de estabelecimentos. Com a volta de alguns eventos mediante testes negativos dos participantes, cresceu ainda mais a demanda por estes exames rápidos aos quais Zanovelo ainda vem se dedicando. 

PF gente boa 
O próprio Zanovelo recebeu os agentes da PF que bateram em sua porta às 6h30 da manhã, no Quinta do Golfe, condomínio dos muito ricos de Rio Preto, onde o aluguel mínimo das moradias não sai por menos de R$ 10 mil. Segundo relatou a um amigo próximo, com quem o DLNews conversou, o empresário disse que os federais "foram muito educados, explicaram a ele do que se tratava a operação e perguntaram se havia algum computador na residência.” Diante da resposta, eles se encaminharam até o local onde estava o objeto e o apreenderam. 

Lamentou 
Ainda segundo o interlocutor do empresário, Zanovelo disse lamentar o ocorrido e o fato de ter seu nome envolvido nisso tudo. E que não tem nada a ver com as suspeitas investigadas. Disse ainda que pretende colaborar com a PF para esclarecer os fatos no que for possível. Além da casa de Zanovelo, a PF esteve também numa área onde funcionaria sua empresa.

Caros amigos
Além desse amigo, o empresário rio-pretense telefonou também, logo após a visita da PF à sua casa, a vários contatos dele na cidade, inclusive da imprensa, tentando se antecipar a informações que pudessem provocar grandes impactos na mídia. 

Arquivo morto?
Se depender do Ministério Público, o inquérito policial que investiga suposto esquema de rachadinha na Câmara de Rio Preto, envolvendo 11 vereadores (sendo um licenciado), vai para o arquivo morto. É o que recomenda parecer do promotor de Justiça Fábio José Mattoso Miskulin em parecer emitido nesta terça-feira, dia 21. 

Anônimo e genérico 
Segundo o promotor, não há condições de se manter uma investigação baseada em  "elementos apresentados pelo denunciante, e lastreado unicamente em denúncia anônima e genérica.”

Justiça decide 
Ainda segundo o promotor, a investigação não deveria ter sido formalmente instaurada de imediato, sob pena de incidir em ilegalidade já reconhecida em Supremas Cortes do País. "Dentro deste contexto, requeiro seja determinado o arquivamento deste inquérito policial.” Compete agora à Justiça definir se acata ou não o parecer do MP. 

Pelas mãos de Pupo 
A investigação começou a partir de uma denúncia anônima encaminhada ao delegado Renato Pupo (PSDB), que também é vereador. Em maio o tucano encaminhou o material que recebeu no Distrito Policial em que atua à Delegacia Seccional de Polícia. Esta, encaminhou ao setor que investiga crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Mas só em agosto o inquérito foi instalado, provocando uma verdadeira guerra entre os integrantes da Câmara de Rio Preto. 

Citados 
Além do vereador licenciado Fábio Marcondes (PL), atualmente Secretário de Esportes, foram relacionados na denúncia de suposta rachadinha, ou seja, pegar parte do salário de assessores de volta, os vereadores Paulo Pauléra (PP), Odélio Chaves (PP), Jorge Menezes (PSD), Cabo Júlio Donizete (PSD), Rossini Diniz (PL), Celso Peixão (MDB), Claudia de Giuli (MDB), Anderson Branco (PL), Júnior (DEM), Bruno Marinho (Patriota).

Libera aí 1
Com os bens bloqueados em ação civil pública por improbidade administrativa, a Constroeste pediu autorização à Justiça para vender cinco caminhões basculante de sua frota. A empresa alega que, como atua no ramo de construção pesada, os veículos utilizados se desgastam "rapidamente" e que, por isso, precisa promover uma constante renovação da frota para evitar desvalorização do patrimônio e prejuízo aos serviços executados. Os cinco caminhões que a empresa pede autorização de levantamento do bloqueio são da marca Mercedes Benz e Ford, dos anos 1986 e 2002.

Libera aí 2
Proposta pelo MP em agosto de 2018, a ação em questão aponta diversas irregularidades nos contratos firmados entre a empresa e a Secretaria de Meio Ambiente. Na ação, o promotor Sérgio Clementino pede a condenação da Constroeste e o secretário à época por improbidade, além do ressarcimento do prejuízo apontado, de R$ 5,3 milhões, bem como pagamento de multa correpondente a três vezes o valor do suposto dano, totalizando R$ 21,4 milhões. A juíza determinou liminarmente o bloqueio de R$ 5,3 milhões da Constroeste.

Libera aí 3
Na petição em que pede o levantamento do bloqueio dos cinco caminhões, a Constroeste oferece outros veículos para garantir o cumprimento de eventual condenação e consequente capacidade de ressarcimento aos cofres públicos. Os cinco caminhões oferecidos à Justiça são mais novos, todos de 2014, da marca Mercedes Benz.

Tarde...
A Câmara de Rio Preto tem o direito de legislar sobre a instituição de fila única emergencial para leitos hospitalares no período da pandemia de Covid-19. O entendimento é do Tribunal de Justiça de São Paulo, que considerou constitucional lei proposta pelo ex-vereador Marco Rillo (Psol) aprovada e, posteriormente, promulgada pela Câmara.

...demais
A lei proposta por Rillo foi aprovada e promulgada em dezembro de 2020, quando a cidade já enfrentava o caos da pandemia. A lei diz que a Fila Única vigorará no período que durar a situação de emergência e calamidade no município em decorrência da pandemia e prevê inclusive a utilização de leitos em hospitais particulares, que seriam requisitados pelo município e posteriormente pago pela Secretaria de Saúde. 









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