Arquive-se
O Ministério Público pediu o arquivamento do inquérito que apura suposta prática de "rachadinha” envolvendo 11 vereadores de Rio Preto (um deles licenciado). A denúncia, em correspondência anônima, recebida pelo vereador-delegado Renato Pupo e encaminhada à Seccional, acusava vereadores de exigir parte dos vencimentos salariais dos assessores. Ouvidos na polícia, assessores e vereadores negaram a prática e apresentaram extratos bancários que derrubariam a denúncia.
Anônimo e genérico
Segundo o promotor Fábio José Mattoso Miskulin, não há condições de se manter uma investigação baseada em "elementos apresentados pelo denunciante, e lastreado unicamente em denúncia anônima e genérica.” Ainda segundo o promotor, a investigação não deveria ter sido formalmente instaurada de imediato, sob pena de incidir em ilegalidade já reconhecida em Supremas Cortes do País. "Dentro deste contexto, requeiro seja determinado o arquivamento deste inquérito policial.” Compete agora à Justiça definir se acata ou não o parecer do MP.
Clima de guerra
A investigação começou a partir de uma denúncia anônima encaminhada ao delegado Renato Pupo (PSDB), que também é vereador. Em maio o tucano encaminhou o material que recebeu no Distrito Policial em que atua à Delegacia Seccional de Polícia. Esta, encaminhou ao setor que investiga crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Mas só em agosto o inquérito foi instalado, provocando uma verdadeira guerra entre os integrantes da Câmara de Rio Preto.
A lista dos 11
Além do vereador licenciado Fábio Marcondes (PL), atualmente Secretário de Esportes, foram relacionados na denúncia de suposta rachadinha, ou seja, pegar parte do salário de assessores de volta, os vereadores Paulo Pauléra (PP), Odélio Chaves (PP), Jorge Menezes (PSD), Cabo Júlio Donizete (PSD), Rossini Diniz (PL), Celso Peixão (MDB), Claudia de Giuli (MDB), Anderson Branco (PL), Francisco Júnior (DEM), Bruno Marinho (Patriota).