Rede SUS de Rio Preto deve levar ao menos 2 anos para superar ’heranças da Covid’

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Vacinação foi passo fundamental para redução de casos

Rede SUS de Rio Preto deve levar ao menos 2 anos para superar ’heranças da Covid’

Por: Maria Elena Covre e Milton Rodrigues

15/09/2021 às 19:19

Bastidores

Volta à estrutura dos equipamentos de saúde pré-pandemia será gradativa, em função de desafios, como acúmulo de procedimentos reprimidos e acolhimento aos sequelados da Covid, entre outros

Retomada da Saúde

Representantes da Secretaria de Saúde, incluindo o titular da pasta, o médico Aldenis Borin, apresentaram ao Conselho Municipal de Saúde, em reunião ordinária na noite desta terça-feira (14), um plano de retomada gradativa dos serviços e equipamentos da rede SUS de Rio Preto à realidade pré-pandêmica.

Dois anos

A avaliação é de que o setor leve ao menos dois anos para que a máquina volte a funcionar como antes em função da reestruturação de todo o sistema, que foi sendo adaptado para atender a emergência da crise do novo coronavírus conforme os números de casos e necessidade de internações surgiam.

Dificuldades

Entre as principais dificuldades dessa retomada estão três itens: os casos ainda não estão zerados, ou seja, não se pode desativar todas as unidades preparadas para este tipo de atendimento de uma hora para outra; o volume dos chamados procedimentos eletivos, reprimidos durante um ano e meio, se agigantou ainda mais e precisa ser equalizado e, uma nova preocupação se soma a isso tudo: o acolhimento aos pacientes com sequelas graves da Covid.

Sequelas Covid

Rio Preto contabiliza, até o momento, 96.697 casos confirmados da doença, que resultaram em 2.767 mortes. Entre os casos que exigiram internações e UTIs, as complicações que podem se agravar envolvem principalmente os pulmões, os rins e doenças pré-existentes. Problemas neurológicos, depressão e ansiedade também são relatados.

Saúde mental

E a questão da saúde mental é vista pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde, cirurgião dentista e ex-secretário de Saúde de Rio Preto Fernando Araújo, como recorte que merece muita atenção no plano de retomada. "Tanto que o tema será tratado em nossa próxima Conferência Municipal de Saúde. A estrutura que existia terá de ser repensada neste sentido”, diz ele.

Dinheirama 1

O governador João Doria decidiu despejar R$ 47,5 bilhões em investimentos para um pacote que contempla 8 mil obras. A promessa do maior programa de investimento de São Paulo, em meio ao projeto do tucano de se viabilizar como terceira via na corrida presidencial, é de que o reforço na economia irá gerar 200 mil empregos, com ampliação de infraestrutura urbana de todas as regiões do Estado.

Dinheirama 2

Sem dúvida, uma turbinada e tanto no sentido de melhorar o humor do eleitorado não só em relação às ambições de Doria, mas também em relação à briga pelo Palácio dos Bandeirantes, onde os tucanos fincaram bandeira há duas décadas e que tem o político de Rio Preto Rodrigo Garcia como pré-candidato.

Botando a cara

Por falar em João Doria, o governador está mesmo decidido a botar a cara cada vez mais no interiorzão bolsonarista. Nesta quinta-feira (16), ele estará em Araçatuba junto com o secretário de Agricultura do Estado, Itamar Borges, para o lançamento do programa de produção integrada de alimentos e ampliação da Indústria Salsaretti Alimentos.

Sem proposta

Termina nesta sexta-feira (17) às 18h o prazo para ofertas em nova tentativa de venda autorizada pela Justiça do imóvel que abrigava o Hospital Nossa Senhora da Paz, na avenida Anísio Haddad. Avaliado inicialmente em $ 39,2 milhões, o preço mínimo para compra é de R$ 19,6 milhões. O prédio tem 12 mil metros quadrados de construção e quatro andares. Fechada há 16 anos, a construção sofre com o processo de deterioração. A venda ocorre dentro de processo de dívida pendente com ex-funcionários na Justiça do Trabalho.

No muro 1

O ex-prefeito Valdomiro Lopes, que já transitou em siglas tradicionalmente de direita e hoje se abriga no PSB, legenda que se posiciona como centro-esquerda, resolveu arrumar um jeitinho "ensaboado” de ficar em cima do muro. Em vídeo postado em seu Instagram, ele se propõe a responder a questionamentos que recebe pelas ruas sobre ser de direita ou de esquerda.

No muro 2

"Se ser de direita é querer governos que sejam enxutos, é apoiar parcerias com a iniciativa privada, é defender a família, a vida, a ética, o combate à corrupção e a violência, é ter Deus no coração. Então eu sou de direita. Se ser de esquerda é combater as desigualdades, defender uma saúde e educação de qualidade, moradia para todos, trabalho digno, defender políticas de proteção social. Então eu sou de esquerda. Agora, se você acha que esse papo de esquerda e direita não é o que vai resolver nossa vidas, então temos de nos juntar e ir em busca da democracia e do diálogo”, afirmou, só escolhendo o lado bom dos dois espectros políticos.

Vai ter água?

Em tempos de crise hídrica, a AAMA (Associação Amigos dos Mananciais) organiza uma live com especialistas na área para tratar de questões que hoje se impõem, como a conta da água, se vai ter água na torneira todos os dias e se, com a captação no rio Grande, o quadro melhora ou piora. O evento será no dia 25 de setembro e já tem a confirmação de participação de nomes como Marussia Whately (Instituto Água e Saneamento e Aliança Pela Água), Angelo Lima (Observatório de Governança das Água) e Marzen Pereira (Sabesp).

Não rachou

Vereador licenciado e secretário de Esportes de Rio Preto, Fábio Marcondes afirmou nesta quarta-feira (15) que ao responder a um pedido de entrevista ao DL, no Whatsap, escrevendo "depende o assunto PL dividido” e "Motta fala pelo partido”, ele não estava se referindo a sigla "rachada” quando usou a palavra "dividido". Marcondes questionou o termo usado na entrevista publicada pelo DL intitulada "Não fazemos pressão em vereadores, diz Motta sobre liberdade dos parlamentares do PL". Com a expressão "dividido”, o secretário afirma que se referiu a divisões de atribuições dentro da legenda, e não a um racha. O Motta em questão é o deputado federal Luiz Carlos Motta.