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Foto produzida por Ligya Aliberti, na Andaló
Foto por: Reprodução/Instagram
Foto produzida por Ligya Aliberti, na Andaló

Personagens dos semáforos: uma foto, uma história inspiradora

Por: Maria Elena Covre e Milton Rodrigues
12/09/2021 às 18:18
Cidades

O caso de um certo grande homem que cruzou o caminho de uma rio-pretense e, com um gesto de ternura, inspirou uma emocionante mensagem de amor


Quem nunca parou no semáforo de uma dessas esquinas de Rio Preto, especialmente nas avenidas, sem ser abordado por pessoas vendendo de tudo? Pano de chão, pano de prato, caixinhas e mais caixinhas de morango, docinhos, balas. E muita pipoca, daquelas embaladas em saquinho vermelho.

Muitos deles nem vendem nada. Apenas chegam perto do veículo e vão logo dizendo, numa sinceridade de gosto duvidoso, mas ainda assim divertida, que querem mesmo uma grana para tomar pinga. E dão logo uma gargalhada. Outros fazem malabarismo, em pernas de pau e bicicletas desengonçadas. Tem também personagens que se vestem de Batman, de Superman e de outros super-heróis.

Atualmente, muitos deles seguram um cartaz de papelão escrito que são venezuelanos, pais de família, que precisam de ajuda.

Neste domingo, uma postagem no Instagram chamou atenção particularmente pela emoção com que a jornalista e empresária da comunicação Ligya Aliberti descreveu um desses encontros casuais. Nada mais a acrescentar às palavras dela. Apenas curtir, admirar, e ter a certeza que estamos diante de um exemplo inspirador - dela e do homem do semáforo.

A íntegra da postagem

A imagem não é esteticamente bonita para um feed de Instagram, mas é perfeita para a história que vou contar.

Quem é de Rio Preto com certeza reconhece essa esquina na Alberto Andaló. 

Parei no sinaleiro e um homem veio na janela do carro com vários pacotes de pipoquinha na mão. Sempre que vejo alguém vendendo algo, tenho vontade de ajudar, mas sou daquelas que só tem cartão na carteira (apesar dos vários sermões da minha mãe sobre o problema de não andar com dinheiro.

Olhei pra ele e, em gestos, pedi desculpa, dizendo que agradecia, que queria comprar, mas que não tinha dinheiro ali. Ele sorriu, pegou um pacotinho e me deu. Eu quase me desesperei, falei que não precisava MESMO e fui devolvendo a pipoca. Ele manteve o sorriso, me devolveu a pipoca e disse: "Vai em paz".

Depois dessa, me dei por vencida, lembrando inclusive que eu já tinha concluído outro dia que precisava me deixar mais ser presenteada e ajudada (ainda que o cenário mostrasse inicialmente que era eu quem devia ajudar!).

Olhei para o lado e vi essa placa que ele colocou no poste. Me fez pensar tanta coisa! A principal é que com certeza eu tinha encontrado uma pessoa que vive segundo seus propósitos. Antes de o farol abrir, só deu tempo de tirar uma foto pra registrar o dia em que um grande homem cruzou o meu caminho e, com um gesto de ternura, me ajudou a ser pequena.

Ligya Aliberti

A empresária Lygia Aliberti, diretora da Multivias Comunicação
Foto por: Reprodução/Instagram
A empresária Lygia Aliberti, diretora da Multivias Comunicação






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