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A proibição das missas de cura e libertação por parte do bispo de Rio Preto, Dom Tomé Ferreira da Silva, acirrou ainda mais os ânimos de um grupo de padres que vem fazendo oposição sistemática nos bastidores ao ao líder da Igreja Católica na cidade. 

A indisposição não é nova e vem desde quando Dom Tomé ordenou troca e transferências de padres de maneira compulsória. Nesta terça-feira (22), a crise de bastidores chegou à Câmara de Vereadores.

Padre Benedito Mazeti, que era lotado na Vila Ercília, procurou vereadores da "bancada católica” da Câmara para pedir ajuda contra o bispo. O padre conseguiu a simpatia do vereador Celso Peixão para questionar a autoridade religiosa na cidade.

Entre os demais vereadores da bancada, Jean Charles, Fábio Marcondes e Pedro Roberto preferiram fazer ouvidos moucos e não quiseram se meter em briga com o bispo. Entre os católicos de carteirinha, quem reforçou, ainda que de leve, o discurso de Peixão na Tribuna foi Marco Rillo (PT), que se disse "de saco cheio deste bispo". 

Peixão, que encampou totalmente a causa de Benedito, conclamou as comunidades católicas a se mobilizarem. E desafiou os colegas a ajudar a resolver a situação dos padres. 

As missas de cura e libertação eram verdadeiros "shows” e atraíam milhares de pessoas a cerca 20 paróquias de Rio Preto, como Menino Jesus de Praga e Santa Edwiges. Há cerca de um mês, o bispo orientou os padres a não manter este tipo de atividade.

Segundo o posicionamento do Bispado que chegou às paróquias, as missas foram proibidas pois toda celebração eucarística tem o viés de cura. A diferenciação com o termo "cura e libertação", portanto, não teria sentido e só serviria para atrair pessoas esporadicamente sem que estas que se tornassem ativas no cotidiano das igrejas.
Em contato com a redação, Mazeti disse que não faz qualquer tipo de oposição contra o bispo de Rio Preto.