Município de Olímpia, com parques aquáticos e temáticos, tem atraído investimentos no setor
Na tentativa
de turbinar a
chamada Orlando brasileira, o governo de João Doria diz que se prepara para
inaugurar no início de setembro o primeiro distrito
turístico de São Paulo, no município de Olímpia.
A cidade, no noroeste paulista, já é uma
referência antiga do turismo no estado, mas tem atraído novos investimentos no
setor.
Pelos dados do governo, antes da
pandemia, Olímpia recebia mais de 2,5 milhões de visitantes por ano
em seus parques aquáticos, como o Thermas dos Laranjais e o Hot Beach, além do
temático Vale dos Dinossauros.
O secretário
de Turismo e Viagens de São Paulo, Vinicius Lummertz, diz que a ideia dos
distritos é trazer investimentos
nacionais e internacionais para regiões com potencial turístico,
seguindo o modelo do México, que tem Cancún entre seus polos mais famosos.
Ele afirma que quer transformar o turismo em uma
questão de política de estado, com os distritos regulamentados por lei. O
próximo distrito a ser inaugurado é o de Serra Azul.
"O brasileiro é ávido por parques temáticos. Nós
precisamos desenvolver aqui, porque em São Paulo faltam alternativas. E não só
para paulistas, mas para o resto do Brasil e a região do Mercosul”, diz
Lummertz.
O prefeito de
Olímpia, Fernando Cunha, diz que apesar da queda no
movimento de visitantes durante a pandemia, os investimentos em projetos turísticos
aceleraram na cidade.
No ramo da
hotelaria, dois grandes resorts foram concluídos. O primeiro, o Hot Beach
Suítes, foi aberto em julho com quase 450 apartamentos.
Já o Solar das Águas Park será inaugurado
por Doria em setembro. O empreendimento, com mil quartos e investimento acima de
R$ 400 milhões, deve gerar 1.200 empregos diretos, segundo Waldo Palmerston,
sócio da empresa comercializadora WAM.
Outros dois resorts estão em construção na cidade.
Até o fim de 2025, a meta da prefeitura é ter mais de 35 mil leitos de
hospedagem.
A região também concentra investimentos em um
centro de convenções com capacidade para 4.000 pessoas, cujo projeto ainda está
na fase de estruturação financeira, além de um outlet com espaço para cerca de
cem lojas, que deve ficar pronto em um ano, segundo o prefeito.
Nos próximos
meses, Olímpia pretende inaugurar seu museu de cera e concluir a restauração da
antiga estação ferroviária, que será um centro de arte e cultura a partir de
novembro.
A cidade também começa a dar os primeiros passos
para construir um
aeroporto. Segundo Cunha, a prefeitura recebeu em junho a outorga do
governo federal para iniciar o projeto. O local já foi escolhido e, agora, está
na fase de orçamento, em busca de apoio da iniciativa privada.
"Hoje, nós somos um destino regional, mas
temos um potencial grande. Com o aeroporto, queremos nos transformar em destino
nacional e latinoamericano, e aí [Olímpia] pode vir a ser a Orlando brasileira.
É uma meta pretensiosa, mas guardadas as dimensões, a gente pode chegar a algo parecido,
sim", diz o prefeito.