O colesterol é um dos grandes responsáveis pelas doenças cardiovasculares, principais causas de mortalidade no Brasil. Mais de 380 mil brasileiros morrem por ano vítimas de problemas no coração, veias e artérias e cerca de 14 milhões têm alguma doença no coração, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Segundo o Ministério da Saúde, quatro em cada 10 brasileiros têm colesterol alto. Daí a importância deste 8 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. "São, em média, mil mortes por dia. As pessoas precisam estar cada vez mais conscientes de que há maneiras de controlar o colesterol elevado no sangue, uma das principais causas de do infarto e acidente vascular cerebral (AVC)”, ressalta a cardiologista Brunna Priscylla Américo Carvalho, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares.
Para as pessoas que associam o colesterol alto somente à obesidade, Brunna faz outro alerta. "Um dos mitos é de que o colesterol é problema apenas de quem sofre de obesidade. A ciência médica já comprovou ser inverdade. Pessoas magras também podem apresentar descontrole nos níveis de gordura no sangue e estar no grupo de risco de infarto e AVC”, afirma a médica.
Pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cardiologia mostrou que 67% das pessoas desconheciam os valores dos níveis de colesterol do próprio organismo. "A pandemia impôs o isolamento, criando ou intensificando hábitos nocivos ao coração e ao sistema cardiovascular. As pessoas passaram a comer de forma pior, em quantidade maior e fazendo menos atividade física ou mesmo a interrompendo”, alerta a cardiologista.
O isolamento fez com que pessoas ficassem mais ansiosas, com menos opções de lazer, então elas acabam fazendo da comida o momento prazeroso. Isso gera uma maior ingestão calórica. Para aliviar o estresse, consumem mais álcool. Paralelo a isso, estão praticam menos atividade física. São as condições perfeitas para o aumento do colesterol.
Segundo a cardiologista do IMC, é muito importante que, com o avanço da vacinação, as pessoas façam atividades física em casa ou em áreas abertas, evitando aglomerações e o contato com outras pessoas, e procurem ter uma alimentação saudável, evitando frituras e consumindo mais frutas, verduras, fibras, carboidratos bons e carnes na medida certa e incorporando peixes ricos em ômega 3 à dieta.
Pessoas com problemas cardiovasculares integram os grupos de risco da covid-19, pois estão mais propensas às complicações em caso de infecção pelo novo coronavírus. Levantamento do Colégio Americano de Cardiologia feito entre pacientes hospitalizados em decorrência do coronavírus, constatou que 40% possuíam doença cardiovascular. E, entre os que morreram, 33% tinham acometimento cardíaco associado e 7%, acometimento cardíaco isolado.