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Imagem de geada nesta semana, em Ibirá
Foto por: Reprodução
Imagem de geada nesta semana, em Ibirá

Massa de ar polar rara pode atingir região com geada na próxima semana

Por: Folhapress
24/07/2021 às 11:31
Economia

Especialista diz que pode haver geada em regiões do Paraná, São Paulo e Mato Grosso com impactos maiores sobre o milho que ainda falta ser colhido, além da lavoura da cana, forte no noroeste paulista


Uma nova massa de frio de origem polar deve ingressar no Brasil na próxima semana trazendo uma terceira onda de geadas no ano. É algo raro, que pode provocar uma quebra de safra grave e atingir culturas de milho, trigo e café, além da cana, que é cultivada em grande parte do noroeste paulista.

O frio preocupa porque as perdas da geada da semana passada ainda não foram completamente mensuradas. Áreas de maior altitude podem registrar máximas negativas, chegando a -10º C em algumas cidades de serra no Sul, segundo a MetSul Meteorologia.

A temperatura deve ficar negativa ou próxima de zero na maior parte dos municípios no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. O frio também deve chegar a São Paulo.

Felippe Reis, da empresa de análises Geosys, diz que pode haver geada em regiões do Paraná e do sudeste de São Paulo e do Mato Grosso com impactos maiores sobre o milho que ainda falta ser colhido. "As geadas também podem danificar o trigo, que foi plantado no Paraná e está quase terminado no Rio Grande do Sul, mas em intensidade menor porque está no início do ciclo", diz.

Segundo Reis, a cana pode sofrer mais nas regiões norte do Paraná e em São Paulo, depois do estrago das geadas do fim de junho e desta semana. A cafeicultura do sul de Minas Gerais também pode ser atingida.

​Situações de temperatura semelhantes ao que se prevê agora levam alguns anos para acontecer. Segundo a MetSul, a probabilidade de nevar nas áreas de maior altitude do Sul é alta, mas a previsão pode mudar até a chegada da frente fria.​​​

Marcos Jank, professor do Insper, diz que a segunda geada, neste mês, assustou mais que a primeira, porque atingiu hortifrutis, além das commodities. "Se vier uma terceira neste ano, será surpreendente. Ninguém vai poder dizer que não existe mudança do clima", afirma.







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