A fatura chegou. Mais uma vez, os bons estão pagando a conta daqueles que não estão cumprindo as normas exigidas pelos órgãos de saúde e causando aglomeração na cidade. Assim reagiu a Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto, em nota sobre o decreto do lockdown noturno anunciado pelo prefeito Edinho Araújo.
Na nota da entidade, presidida pelo empresário Kelvin Kaiser, a diretoria diz que "entende" que o momento é delicado e afirma estar de absoluto acordo que a infraestrutura da saúde precisa ter capacidade para atender todos os cidadãos. "Porém, assim como afirmamos no primeiro lockdown, esta medida isolada não é a solução", diz.
Na nota, a entidade dirigida por Kaiser diz que seu representante esteve na Prefeitura debatendo alternativas para evitar o lockdown geral. Considera que o kockdown noturno proposto afeta menos o setor produtivo; porém, é uma tragédia para o setor de bares e restaurantes.
"Nossa posição é firme que, se as cidades ao redor não aderirem, esta medida tem que ser cancelada pois será ineficiente, gerando aglomerações nas cidades ao redor como aconteceu no primeiro lockdown".
A Acirp entende que todo o esforço deve se concentrar em aumentar a punição sobre os estabelecimentos que descumprem as medidas e os cidadão que estão promovendo as aglomerações informais.
Junto com o Lockdown noturno - acrescenta a entidade - , é necessária operação das forças policiais Militar, Civil e GCM para multar pessoas físicas e jurídicas que geram as aglomerações em festas clandestinas, encontros informais ou outros estabelecimentos.
"Desde o início da pandemia, nossa entidade afirma categoricamente: o setor produtivo não é o vilão! Felizmente, este conceito está chegando, inclusive, até a área da saúde, e prova disso é a nossa campanha Comércio Seguro, em parceria com o Hospital de Base e apoio de mais de 10 entidades representativas de classe", continua a nota da Acirp.
A vacinação está acelerada e acreditamos que, em pouco tempo, a situação será diferente. "Mas, precisamos de apoio de todos! Faça sua parte para evitar o fechamento total. Evite os encontros informais, denuncie festas e estabelecimentos que não cumprem as normas, conscientize os mais jovens para evitar encontros e faça sua parte seguindo todas as medidas de segurança. Mais uma vez, todos estamos pagando pelo erro de poucos".