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Protesto no Calçadão
Foto por: Colaboração/internauta
Protesto no Calçadão

Sábado de protestos contra Bolsonaro e a favor de CPI tem pedido de vacina

Por: Da Redação
29/05/2021 às 13:09
Política

Em Rio Preto, teve protesto em grupos, no Calçadão com cerca de 400 pessoas, na avenida Andaló em frente à Prefeitura mais cerca de 200, com palavras de ordem contra Bolsonaro, e com pedidos de vacina


Protestos contra o presidente Jair Bolsonaro liderados por centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda reúnem manifestantes em várias cidades do país. Na manhã deste sábado (29), há atos em capitais como Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e Recife.

Em Rio Preto, teve protesto em grupos, no Calçadão com cerca de 400 pessoas, na avenida Andaló em frente à Prefeitura mais cerca de 200, com palavras de ordem contra Bolsonaro, e com pedidos de vacina. Houve também protestos isolados, como o do jovem líder político e músico Abner Tofanelli, que estendeu faixa contra Bolsonaro. A expectativa da organização é que atos semelhantes aconteçam em 200 cidades, incluindo as 27 capitais.

As manifestações, alvo de críticas por acontecerem presencialmente em meio à pandemia da Covid-19, são realizadas num momento em que o país chega a 459 mil mortes pela doença, sendo 2.418 registradas em 24 horas. Pelo menos nove capitais, além do Distrito Federal, têm ocupação acima de 90% dos leitos de UTI.

A mobilização nacional deste sábado foi feita pensando em desgastar Bolsonaro e incentivar a CPI da Covid, enquanto o impeachment é visto como algo ainda distante. Líderes ligados à organização, porém, enxergam os atos como um impulso.

O dilema entre o discurso pró-isolamento social e o incentivo a aglomerações resultou em diferentes níveis de participação. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) não convocaram seus integrantes institucionalmente, embora não impeçam a ida.

PT, PSOL, PC do B, PCB, PCO e UP declararam apoio à iniciativa e dispararam chamados para os militantes, mas ressaltaram que a organização é de responsabilidade de frentes Povo sem Medo, Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos (que congregam dezenas de entidades).

Forças da oposição de esquerda estavam rachadas nos últimos meses sobre ir às ruas em meio à pandemia de Covid-19, mas entenderam que o descontrole do vírus e os índices de desemprego e fome exigem a realização de protestos.

Para neutralizar as críticas, tanto entre apoiadores quanto entre detratores do governo, os articuladores deram orientações de segurança para as pessoas que irão aos atos, como o uso de máscara adequada (do tipo PFF2) e a ordem de manter distanciamento nas passeatas.

As manifestações deste sábado abraçam ainda pautas como a aceleração da vacinação contra a Covid, o retorno do auxílio emergencial de R$ 600, a luta antirracista, o combate à violência policial, o ataque às privatizações e a defesa da educação pública.

Embora partidos e movimentos por trás da convocação afirmem que o mote "fora, Bolsonaro" traduz o desejo de afastamento imediato, líderes admitem haver obstáculos para o desenrolar de um processo. Eles, no entanto, enxergam as mobilizações como um passaporte que pode levar a esse destino.

A avaliação é que o impeachment pode ganhar força a partir da ocupação das ruas. Por isso, o esforço é para pressionar o centrão, fiel a Bolsonaro e uma barreira para o processo na Câmara, e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), a quem cabe desengavetar um dos 114 pedidos protocolados.

(Com Folhapress)

Abner Tofanelli, jovem líder político, protesta em Rio Preto
Foto por: Instagram
Abner Tofanelli, jovem líder político, protesta em Rio Preto








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