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Bolsa sobe e encosta nos 123 mil pontos

Por: FOLHAPRESS -
17/05/2021 às 19:00
Brasil e Mundo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibovespa fechou em alta de 0,87, a 122.937,87 pontos, nesta segunda-feira (17). O índice foi impulsionado por sinais de que a demand...


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibovespa fechou em alta de 0,87, a 122.937,87 pontos, nesta segunda-feira (17). O índice foi impulsionado por sinais de que a demanda chinesa por aço segue robusta.

A produção global de aço bruto em abril subiu para 97,9 milhões de toneladas, atingindo novos recordes mensais e alta de 4% ante mesmo mês de 2020. No acumulado do ano, a produção cresceu 16% para 375 milhões de toneladas.

Em reflexo, Vale subiu 2,6%, acompanhada pelo setor siderúrgico, em dia de alta da cotação do minério de ferro na China. Usiminas avançou 1,6% e Gerdau e CSN cresceram 3,5% e 3%, respectivamente.

Num sinal de que fluxos de recursos globais podem estar retomando o apetite por ativos brasileiros, duas companhias domésticas, a Multilaser e a Invest Tech, pediram registro para realizarem suas ofertas iniciais de ações, após mais de 30 companhias terem desistido de estrear na Bolsa brasileira neste ano.

Em seu primeiro pregão nesta segunda, a plataforma digital de profissionais autônomos Getninjas teve queda de 3,75%, após ter precificado a oferta na semana passada em nível abaixo da faixa estimada.

Ainda nesta sessão, a JHSF teve incremento de 4,87%, com o setor de shopping centers catalisando apostas mais otimistas para a retomada da economia doméstica. Iguatemi teve ganho de 3,2%.

Já a Braskem, que anunciou na noite de sexta (14) plano de vender quase um milhão de ações que estão na tesouraria, subiu 3,15%.

Cemig teve acréscimo de 1,8%, após a elétrica estatal mineira ter divulgado na noite de sexta que teve lucro líquido de R$ 422,35 milhões no primeiro trimestre, ante prejuízo de R$ 68,1 milhões um ano antes.

Por outro lado, os mercados acionários em Wall Street encerraram em baixa nesta segunda, pressionados pelas ações de tecnologia, conforme sinais de inflação crescente alimentaram preocupações de investidores com uma potencial política monetária mais restritiva.

O índice Dow Jones recuou 0,16%, o S&P 500 desvalorizou-se 0,25%, e o Nasdaq recuou 0,38%.

O dólar teve leve queda de 0,11%, a R$ 5,2660. O turismo está a R$ 5,4230.

Investidores aguardam a divulgação da ata da reunião de política monetária do Fed (banco central dos EUA) de abril, nesta quarta (19), para saber se o Fed manterá com a mesma assertividade o compromisso de juros baixos com entendimento de inflação transitória.

Períodos de inflação em alta geralmente beneficiam o dólar por virem acompanhados de expectativa de aumentos dos juros americanos. No entanto, o mercado não embarcou em apostas de mais juros no curto prazo, já que o Fed tem dito que manterá as taxas baixas por mais alguns anos.

Com esse pano de fundo, o dólar vê seu valor corroído pela elevação das expectativas de inflação, que por sua vez derruba a taxa real de juros, minando a atratividade da moeda como opção de investimento.

O debate sobre o dólar no mundo ocorre enquanto no Brasil a moeda parece estar em terreno excessivamente vendido depois da queda de 9,7% entre a máxima de 13 de abril, acima de R$ 5,76, e a mínima do último dia 10, de R$ 5,2065.

Dados da agência americana que regula os mercados futuros mostraram que fundos e especuladores dos Estados Unidos ficaram comprados em real (apostando na alta da moeda brasileira) pela primeira vez em quase dois anos.

Isso não significa, porém, que haja visão estruturalmente otimista em relação à taxa de câmbio.

O UBS, por exemplo, avalia que o interesse pelo real para operações de carry trade permanece baixo, afetado por uma perspectiva de ambiente político-fiscal ainda "volátil e desafiador" no Brasil.

Carry trade é a prática de investimento em que o ganho está na diferença do câmbio e do juros. Nela, o investidor toma dinheiro a uma taxa de juros menor em um país, no caso, os Estados Unidos, para aplicá-lo em outro, com outra moeda, onde o juro é maior, como o Brasil.

"Em resumo, estamos falando em uma postura neutra. Não estamos tão convictos sobre o Brasil neste momento e estamos no modo esperar para ver como as dinâmicas domésticas vão se desenrolar", disse Alejo Czerwonko, chefe de investimentos para América Latina e emergentes do banco privado.



Publicado em Mon, 17 May 2021 18:47:00 -0300







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