Município anuncia que vai participar de um projeto chamado "Ruas Completas SP”, uma rede de cidades paulistas comprometidas com ações para reduzir mortes e lesões no trânsito
Conhecida como uma cidade de trânsito complicado, com
direito a semáforos sem sincronia e vários pontos travados pela malha urbana da
estrada de ferro, e por isso mesmo exposta a transtornos e acidentes inclusive
graves, Rio Preto faz agora uma nova aposta para ao menos atenuar essa realidade.
O município anunciou em nota divulgada nesta sexta, 14, que vai participar de um projeto chamado "Ruas Completas
SP”, uma rede de cidades paulistas comprometidas com ações para reduzir mortes
e lesões no trânsito.
De acordo com a Prefeitura, a participação nesse grupo vai garantir, ao longo
dos próximos cinco anos, apoio técnico a projetos, ações e estratégias de
segurança viária de 20 cidades no Estado de São Paulo. "Ao entrar na rede, Rio
Preto assume o compromisso com o aumento da segurança viária. Para tanto,
contará com apoio específico e capacitações oferecidas pelas organizações que
lideram a rede – WRI Brasil, Vital Strategies, Frente Nacional de Prefeitos
(FNP), Instituto Cordial e Respeito à Vida (Detran-SP)”, informa o governo
municipal.
"A Prefeitura de Rio Preto, preocupada com a alta
densidade de veículos que trafegam por nossas vias e com os índices de
acidentes de trânsito, aderiu à rede com a finalidade de diminuir drasticamente
esses acidentes, com foco especial em reduzir a praticamente zero as vítimas
fatais”, diz o secretário de Trânsito, Transportes e Segurança de Rio Preto,
Amaury Hernandes.
Segundo o governo do prefeito Edinho Araújo, a rede é
parte da Iniciativa Bloomberg para Segurança Global no Trânsito, que de 2021 a
2025 apoiará ações para a segurança viária no Estado de São Paulo. Outras
participantes são Araraquara, Bauru, Bebedouro, Campinas, Campos do Jordão,
Capão Bonito, Catanduva, Diadema, Francisco Morato, Guarulhos, Jacareí,
Jundiaí, Limeira, Piracicaba, Registro, Ribeirão Pires, Ribeirão Preto, Santo
André e São José dos Campos.
"São cidades com diferentes perfis, mas com desafios em
comum. Ao trabalharem em rede por um mesmo objetivo, podem compartilhar
processos e aprendizados e avançar juntas, gerando resultados positivos e
influenciando outras cidades no Estado e no restante do país”, explica Diogo
Lemos, analista sênior de mobilidade ativa do WRI Brasil, organização
responsável pela formação e coordenação da rede.
A promessa é que as cidades tenham capacitação e apoio
técnico a projetos com base na abordagem de sistemas seguros, que parte da
premissa de que lesões e mortes no trânsito são evitáveis – e de que a responsabilidade
é compartilhada entre quem utiliza as vias e quem projeta e implementa o espaço
viário.
"A rede de cidades paulistas chega para fortalecer o
sistema viário, com ações práticas e objetivas para que as gestões municipais
avancem com base em dados e evidências internacionais do que traz resultados
efetivos para a segurança no trânsito. A velocidade é o principal fator de
risco para ocorrência de sinistros de trânsito, segundo a Organização Mundial
de Saúde, e o desenho das vias é uma das formas de se fazer a gestão das
velocidades para a segurança”, conta o diretor executivo da Vital Strategies no
Brasil, Pedro de Paula.