Entre 2010 e 2016, diz reportagem, consta em ação penal que o sindicato movimentou nas suas contas cerca de R$ 140,8 milhões, sendo que R$ 43,8 milhões foram "operações bancárias com destino não identificado”
Despacho judicial do dia 30 de março deste ano dá novo
andamento ao caso envolvendo denúncias contra o ex-vereador Daniel Caldeira por
suposto desvio milionário do Sindicato dos Motoristas de Rio Preto, que ele presidiu
por 30 anos. A decisão judicial determina a realização de audiência com a
participação de Caldeira e outros acusados em outubro deste ano. A informação
foi publicada pelo jornal Diário da Região na edição deste domingo.
Segundo a reportagem, a Justiça manteve decisão de receber a denúncia contra grupo liderado pelo ex-vereador acusado pelo Ministério Público pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e associação criminosa. Entre 2010 e 2016, diz a reportagem, consta em ação penal que o sindicato movimentou nas suas contas cerca de R$ 140,8 milhões, sendo que R$ 43,8 milhões foram "operações bancárias com destino não identificado”.
O Ministério Público sustenta que Caldeira
"comandava toda a quadrilha" e que "sua principal fonte de renda eram
os rendimentos do sindicato, mas não apenas os valores por ele declarados,
pois, analisando as contas bancárias do denunciado em conjunto com as contas do
sindicato, verifica-se constante ingresso de dinheiro em espécie em suas contas
pessoais, operações estas compatíveis com os saques efetuados nas contas do
sindicato, bem como diversos depósitos de valores identificados como originários
das contas da entidade".
Defesa prévia apresentada pelo sindicalista e os outros réus à Justiça, segundo o jornal, afirma que "até o presente momento é nítida a intenção de incriminar o réu Daniel por supostos delitos dos quais não possuía e nem poderia possuir qualquer conhecimento". Segundo a defesa, "não houve qualquer irregularidade na gestão do sindicato por parte de Daniel (Caldeira)".