Medida é a solicitação do Ministério Público de Olímpia, a ser analisada pela Justiça. O pedido incluiu a proibição do investigado de sair de cada durante a noite.
Investigado como autor de incêndio no prédio do jornal
Folha da Região, de Olímpia, um bombeiro civil aposentado deverá ser proibido
de se aproximar a menos de 50 metros do jornalista José Antonio Arantes e da
família dele, e da sede do jornal e da residência das vítimas. A medida
protetiva é a solicitação do Ministério Público de Olímpia, a ser analisada
pela Justiça. O pedido incluiu a proibição do investigado de sair de cada
durante a noite.
O jornalista José Antonio Arantes, além de editar o
jornal semanal, também ancora, junto com sua filha, um programa noticioso de
segunda a sexta-feira, pelo Facebook e Youtube e é retransmitido pela rádio
Cidade. Ele conta que vinha sofrendo ameaças pela internet e até outras mais
graves, pelo seu posicionamento principalmente contra os que ele chama de
"negacionistas genocidas”
Na ocasião, a família do jornalista agiu rapidamente e
conseguiu apagar o fogo que estava dentro do corredor da residência provocado
pelo combustível jogado debaixo da porta de entrada. Logo após, ao abrir a
porta da residência, para, inclusive, respirar melhor, Arantes, a esposa e a
filha neta se depararam com chamas já altas na porta do jornal que levaram
alguns minutos para ser contidos.
A elucidação do caso, chegando ao bombeiro, foi possível
porque a polícia ligou os pontos com o auxílio de câmeras na rua do jornal e comparou
com a moto e mochila na residência do bombeiro identificado como "Cláudio Baia”,
além do horário (4h10, madrugada do dia 17) em que o acusado saiu de casa e o
horário do ataque ao jornal (4h17). Ao saber que a polícia esteve na casa,
pouco depois do incêndio, apreendendo moto, capacete e mochila, o autor tomou a
iniciativa de fugir para Linhares. Dias depois, o advogado dele procurou a
polícia, comunicando que o bombeiro iria se entregar e confessar o crime.