O Ministério Público de Mirassol recomendou à prefeitura adesão ao lockdown em caráter de urgência, como medida para conter o avanço da Covid-19. Entre os argumentos destacados pelo MP para o lockdown na cidade estão a "iminente falta de leitos hospitalares públicos e privados necessários para o atendimento à população”.
O Ministério Público argumenta também que "estas são medidas urgentes e necessárias ao município, tendo em vista a circunvizinhança, à proximidade com São José do Rio Preto, e, principalmente, tendo em vista que vários pacientes de Mirassol poderão ter que buscar tratamento adequado em São José do Rio Preto, devido ao agravamento do estado de saúde e, porventura, não haver vagas hospitalares necessárias ao devido atendimento”.
Na tarde de terça-feira (16), o prefeito de Mirassol Edson Ermenegildo (PSDB) decidiu que não haveria necessidade de lockdown, uma vez que a cidade está cumprindo medidas mais restritivas do Plano SP que começou a valer na segunda (15) em todo o Estado.
Sobre a recomendação do MP, a assessoria de imprensa da prefeitura argumentou que Ermenegildo deve se pronunciar na tarde desta quarta (17).
O prefeito de Mirassol também é presidente do time Mirassol Futebol Clube e assinou a nota da Federal Paulista de Futebol sobre não paralisação dos jogos do Paulistão.
Covid em Mirassol
O município registrou, na tarde de terça (16), 32 novos casos de Covid-19, somando 4.749 pessoas infectadas desde o início da pandemia, em março de 2020. O número de mortes pela doença está em 94. A cidade tem 20.746 notificações, sendo 4.749 positivos, 13.689 negativos, 4.424 curados e 199 em quarentena.
Já o número de internados pela Covid-19 é de 32 pessoas, sendo 17 na enfermaria (12 no Hospital de Base, dois no Austa, um na Beneficência Portuguesa, um no Santa Helena e um na UPA), sete sendo monitoradas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) - seis no HB e um na UPA, além de oito pessoas intubadas na UTI, sendo sete no HB e um na UPA.