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Fachada do Shopping Azul após incêndio
Foto por: Divulgação
Fachada do Shopping Azul após incêndio

Incêndio do Shopping Azul ressuscita uma velha encrenca para Edinho administrar

Por: Da Redação
25/01/2021 às 20:34
Bastidores

Destino provisório, ou não, do camelódromo já provoca polêmica


Velha encrenca 1
O devastador incêndio no prédio da antiga rodoviária na noite deste sábado (23) e madrugada do domingo (24) ressuscitou uma das grandes encrencas que o prefeito Edinho Araújo (MDB) teve de administrar ao longo de seus dois primeiros mandatos: a retirada dos camelôs da praça Dom José Marcondes, no Calçadão de Rio Preto, dando a eles um destino que deixasse todo mundo feliz.  

Velha encrenca 2
Depois de intensa polêmica, protestos barulhentos e pressão de empresários liderados pelo Sincomercio e Acirp, Edinho conseguiu convencer os comerciantes a migrarem para o piso superior da antiga rodoviária. Isso em 2008, apagar das luzes do seu segundo mandato. Não foi tarefa fácil, porque os comerciantes temiam ser levados para áreas sem grande fluxo de pessoas.  

Saliva e paciência 
Doze anos depois, com a destruição do último andar do prédio da rodoviária, onde ficava o Shopping Azul, nome dado ao espaço ocupado pelos ambulantes, o problema, com potencial para muito desgaste, está de novo colocado. E vai demandar saliva e paciência. 

A praça é nossa 
O presidente da Associação dos Comerciantes do Shopping Azul, João Willian, disse que voltar para a Praça Dom José Marcondes é  uma solução temporária que agrada ao grupo. Ou, então, o piso superior da nova rodoviária, localizada próxima à antiga. Os dois lugares têm público garantido. "Nós não somos um shopping convencional, para onde as pessoas vão passear. Nosso público anda de ônibus”, diz Willian. 

Nem pensar 1 
Só de ventilar o nome da praça Dom Marcondes, que, diga-se de passagem, está em reforma, a gritaria já começou. E vem de diferentes setores. A ativista ambiental Fernanda Sansão foi uma das primeiras a reagir: "Só faltava votar para a praça. Cansamos de ver duas situações: a primeira é o uso de um espaço público por comerciantes que degradaram a praça por anos; a segunda é a expulsão e apreensão de mercadorias de pequenos comerciantes, vendedores de goiaba, banana, laranja, abacaxi e afins destes mesmos pontos por estarem ocupando um espaço público para ganho próprio. Será que vamos assistir a dois pesos e duas medidas?.”

Nem pensar 2
O Sincomercio também afirma que não considera a praça o lugar mais adequado. Dentro da Acirp, que emitiu nota se solidarizando com os vendedores do Shopping Azul diante do incêndio em que eles perderam todo o estoque, a possibilidade provoca arrepios, especialmente entre os empresários que atuam no comércio da região central.  Um deles é justamente o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorginho de Souza. O grande temor é que uma volta temporária acabe se estendendo por muito tempo.  

Ganhou tempo 1
Com a batata quente na mão, o prefeito Edinho Araújo (MDB) tratou de ganhar tempo na reunião que fez com representantes dos comerciantes do Shopping Azul e parte de seu secretariado no final da manhã desta segunda-feira (25). Uma nova rodada de conversa foi marcada para esta terça (26), às 17h. E muitas outras deverão ocorrer. 

Ganhou tempo 2
Edinho afirmou que todos os esforços estão concentrados em definir um local para os permissionários, mas que ainda não existem as informações necessárias, incluindo resultado de perícia para saber quanto tempo o antigo prédio ficará fechado. "Estamos buscando uma solução concreta e responsável. É preciso um levantamento do espaço necessário para acomodar todos com muita segurança, e aguarda a realização da vistoria da Polícia Técnica”.

Palestra foi rejeitado 
O prefeito chegou a cogitar levar provisoriamente o comércio popular para a área da sede do clube Palestra, na região central. O local poderia ser alugado pela Prefeitura, mas não conta com a simpatia dos ambulantes. Eles alegam que ficariam isolados do público, já que não há fluxo de pedestres por lá. A ansiedade, no entanto é grande. "A situação é dramática. Em termo de tempo, precisamos pensar em um lugar para ontem”, diz João Willian. Segundo ele pelo menos 300 famílias vivem direta ou indiretamente deste trabalho. São em torno de 160 permissionários. Se a pandemia já era um problemão para a administração municipal equacionar em relação ao comércio da cidade, o incêndio de domingo torna a situação ainda mais complicada. 







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