O secretário de Trânsito de Rio Preto, Amaury Hernandes, assinou contrato de R$ 375 mil com a BDO RCS Gestão Empresarial Ltda para se defender em ações movidas contra o município pelas concessionárias do transporte público Circular Santa Luzia e Itamarati.
São duas ações, uma de outubro de 2020 (Circular) e outra de 2018 (Itamarati), que alegam "ocorrência de quebra do equilíbrio econômico-financeiro" e exigem reajuste na tarifa técnica da passagem de ônibus. A BDO, segundo contrato assinado por Hernandes, vai prestar serviço de assistente técnica do município nos processos movidos pelas concessionárias.
As empresas alegam que o contrato assinado em 2011 com o município estabelece que a tarifa de ônibus tem previsão de reajuste a cada 12 meses e a qualquer tempo, "sempre que ocorrerem quaisquer situações que afetem e equilíbrio econômico-financeiro da concessão”. Tanto a Santa Luzia quanto a Itamarati dizem, na ação, que estariam operando no prejuízo e exigem um laudo técnico para comprovar o desiquilíbrio financeiro.
Reajuste
O último aumento dado às concessionárias pelo prefeito Edinho Araújo (MDB) ocorreu em 29 de dezembro de 2020, com o reajuste da tarifa técnica de R$ 4,10 para R$ 4,22, valendo já a partir de 1º de janeiro deste ano.
Para o usuário não teve alteração, foram mantidos os valores para pagamento em dinheiro em R$ 3,50, por meio do cartão em R$ 3,30 e R$ 1 para estudantes. A diferença entre a tarifa dos usuários (R$ 3,50) e a técnica (R$ 4,22) é paga pela própria Prefeitura, que neste ano deve repassar R$ 16 milhões para a Circular Santa Luzia e o Expresso Itamarati por meio de subsídio.