Rio Preto registra saldo positivo de 802 empregos formais em agosto

Foto por: Camila Domingues/ Palácio Piratini

Empregos com carteira assinada subiu em agosto

Rio Preto registra saldo positivo de 802 empregos formais em agosto

Por: Lucas Israel

25/09/2019 às 18:48

Economia

Rio Preto interrompe, em agosto, temporada de três meses (maio, junho e julho) com saldos negativos de empregos. Destaque é para o setor de serviços

O setor de serviços salvou a lavoura em Rio Preto, ajudando a cidade a registrar um saldo positivo de 802 empregos formais no mês de agosto.

Esta é a diferença entre as demissões (4.923) e contratações (5.725) ocorridas no período. Só o setor de serviços respondeu por 713 contratações.

Sem dúvida, uma ótima notícia. O número recoloca, enfim, o município no azul, uma vez que em maio, junho e junho o saldo ficou negativo na cidade.

Com isso, Rio Preto soma 2.048 vagas no saldo ajustado de janeiro e agosto de 2019. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O desempenho do setor de serviços surpreendeu, uma vez que este salto em criação de vagas não é comum neste período do ano, especificamente.

Mas ainda existe cautela no setor dos empregadores, apesar de boas perspectivas. "A economia de Rio Preto está calcada no serviço mesmo, enquanto os outros setores não se recuperam, vai ser difícil. Não dá para dizer que é a retomada do emprego. Seria otimismo demais”, afirma o presidente da Acirp (Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto), Paulo Sader.

Outro setor que apontou para cima foi a construção civil, com 103 postos de trabalho criados, mas ainda assim o número é insuficiente para neutralizar a queda do setor, que perdeu 242 vagas no saldo dos oito primeiros meses do ano. A industria, por sua vez, ficou no negativo outra vez, com menos 9 vagas.

Quem celebrou a alta foi o secretário do Trabalho e Emprego de Rio Preto, Edemílson Favaron. "Notícia boa. Tivemos queda em junho, julho. Agora as vagas estão sendo preenchidas”, disse.

Final de ano

Apesar dos números ainda tímidos se comparados com os anos pré-recessão, o cenário para os próximos quatro meses são animadores para os empresários. Agosto não é conhecido como um mês para turbinar a economia, mas a leve alta empolga.

"Agosto não é época de lançar empreendimentos, o comércio começa a esquentar mais para o final do segundo semestre”, afirma Paulo Sader, mas sem se empolgar com o cenário geral da economia brasileira.

Brasil

Segundo os números do Caged, divulgados pelo Ministério da Economia, foram criados no Brasil 121.387 postos de trabalho com carteira assinada em agosto. Assim, o país continua o movimento de criação de vagas observado desde abril. Considerando ainda dados sem ajuste, foram criadas 34.313 vagas em janeiro e 173.139 em fevereiro. Março foi o único mês com fechamento de vagas em 2019, com 43.196 postos encerrados. Depois, houve resultado líquido em abril, (129.601), maio (32.140), junho (48.436) e julho (43.820).