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A jornalista Ester Mendonça
Foto por: Acervo pessoal
A jornalista Ester Mendonça

OPINIÃO: Prá não dizer que não falei das flores

Por: Ester Mendonça
26/10/2020 às 19:22
Opinião

Eu adoro votar. Encho o peito de orgulho por viver em um país democrático


Pouco original que sou, tomo novamente emprestado de grandes mestres uma bela frase para um bom título. Geraldo Vandré foi um dos artistas símbolo de uma geração brasileira que ansiava por liberdade. Músico nos tempos de ditadura, é dele a canção "Prá não dizer que não falei das flores”, um dos hinos da luta contra os anos de chumbo. 

 "Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer”

Os versos da canção embalavam protestos nas ruas e o sonho pelo fim da ditadura, que veio firme, forte e violenta após o golpe de 1964.

Boa parte, ou talvez a maioria dos eleitores que irão as urnas em 15 de novembro, não se lembra, mal ouviu falar ou simplesmente desconhece esse passado nem tão distante da história brasileira. 

Para muita gente, o ato de votar é algo tão natural que chega a ser uma obrigação entediante, aquela que atrapalha o churrasquinho do feriado. Pobre voto, tão pouco valorizado. 

Mulheres foram perseguidas, presas e maltratadas para conquistar o direito do voto feminino, antes restrito aos homens. Brasileiros protestaram, morreram nas salas de tortura e lutaram muito pela volta da democracia, que nos dá o direito ao voto. 

Quando vejo a pesquisa DLNews/TV Record onde 16% dos eleitores sinalizam que pretendem votar em branco ou anular o voto, um sinal de alerta vermelho se acende no horizonte democrático. São mais de 53 mil rio-pretenses desprezando um direito que para mim é sagrado. 

Eu adoro votar. Encho o peito de orgulho por viver em um país democrático.

Para quem pretende anular ou votar em branco achando que "político é tudo igual” ou "este país não tem conserto”, peço que lembrem os versos de Geraldo Vandré. "Esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. 

Se você não for atrás, protestar, cobrar e se posicionar por uma política e políticos mais corretos, nada vai mudar. Para os jovens, talvez ainda mais alienados do mundo político e que desconhecem a nossa história recente, sugiro que olhem com carinho para o ato de votar. 

Juventude combina com liberdade, que combina com democracia, que só existe pelo voto. #partiuvotar







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