Por: Maria Elena Covre e Fabrício Carareto
19/10/2020 às 18:24
Política
Segurança 1
Coincidência ou não, Coronel Helena (Republicanos) e Marco Casale (PSL), que disputam com Paulo Bassan (PRTB) a chancela de candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), dedicaram o programa eleitoral desta segunda (19) ao tema segurança pública, num tom bem ao gosto do eleitor bolsonarista.
Segurança 2
Oficial da PM na reserva, a Coronel abusou de sons e imagens de sirenes, além de carros de polícia ao fundo. E prometeu armar a guarda municipal, além de criar a Secretaria de Segurança Pública do Município. Já Casale emendou uma série de frases na linha "temos de radicalizar contra isso aí” ou "vou pegar pesado na questão de segurança pública”. Só faltou fazer arminha com a mão.
Segurança 3
Prometer solucionar o problema da segurança pública é, no mínimo, um exagero de retórica, porque ultrapassa as prerrogativas de qualquer prefeito, sendo atribuição do Estado e da União, poderes aos quais estão ligadas as polícias Militar, Civil e Federal, por exemplo. E uma corporação como a Guarda Municipal não é moldada para enfrentar a bandidagem.
Jorge e Nadim
Edinho Araújo (MDB) escalou em seu programa de televisão nesta segunda os médicos Jorge Fares (diretor-executivo da Funfarme) e Nadim Cury (provedor da Santa Casa) para homenagear a categoria, cujo dia foi comemorado no domingo (18). O primeiro provocou comoção na cidade ao contrair a Covid-19 e passar semanas a fio lutando pela vida numa UTI. O segundo é um aliado histórico. Ambos representam os dois hospitais da cidade na linha de frente no atendimento, pelo SUS, às vítimas do novo coronavírus.
Aldenis, não
Detalhe é que o prefeito, candidato à reeleição, até citou de passagem Adenis Borim, seu secretário da Saúde, mas nada de colocá-lo na telinha. O médico tem sido um dos para-raios do emedebista quanto às medidas indigestas que o município teve de tomar para conter o avanço da doença.
Entre máscaras...
Ficou claro para quem acompanha os programas de televisão que o uso de máscaras por Edinho, mesmo em gravações de estúdio, ou seja, em ambiente controlado, tem mais a ver com a simbologia do equipamento de segurança em tempos pandêmicos do que com uma necessidade de fato. Mas tem gente achando que o prefeito está perdendo muito de suas características pessoais ao cobrir boa parte do rosto e das expressões. Em alguns momentos, sobressaíram impressões de cansaço e até apatia.
… e abraços
Já a Coronel Helena, que desde o pontapé inicial da campanha decidiu ir para a rua, resolveu mandar às favas muitos dos protocolos de segurança em relação ao novo coronavírus. As últimas imagens que tomam conta da TV e das redes já trazem a republicana abraçando e beijando os eleitores sem nenhum pudor em relação à Covid-19.
Implodiu
Apesar do espírito bélico reinante, os bolsonaristas de Rio Preto ainda vinham convivendo dentro dos mesmos grupos de Whatsapp. Mas as guerras internas ganharam tamanha intensidade que levaram à implosão do mais ativo agrupamento até aqui.
Despejo
O grupo Bolsonaristas, com 230 integrantes, entre os quais assessores de deputados do PSL, como Eduardo Bolsonaro, Cara Zambelli, Coronel Tadeu e até do senador Major Olímpio, deixou de existir como tal na semana passada. Um dos administradores tirou os críticos ao candidato Paulo Bassan (PRTB) e o rebatizou como "Eu voto Paulo Bassan”. Sobraram 83 integrantes. A promessa é retomar quando as eleições passarem.
Questão de prioridade
Com mais tempo na televisão (quase 4 minutos) e quase duas centenas de candidatos a vereador no palanque, a campanha de Edinho já colocou mais da metade de tudo que arrecadou até agora – ou seja, meio milhão de reais - na empresa que está cuidando da produção dos programas de rádio, TV e internet: a Comunic, do casal Elaine Madalhano e Adriano Nunes. Mais R$ 100 mil foram para os responsáveis pela locução.