Refletir sobre política e políticos neste 12 de outubro, Dia das Crianças, é mais que apropriado
Convenhamos. Há muito tempo a política deixou de ser encarada pela origem da palavra para estar associada a atributos pouco louváveis. A palavra política tem origem no grego: polis e tikós. Polis significa cidade e tikós é um termo que remete ao bem comum dos cidadãos.
Em um exercício livre, conclui-se que políticos são eleitos para governar para
o bem de todos. Sem dúvida há bons políticos, cientes que seu papel. Mas depois
de tantas rachadinhas, mensalões, escândalos da Petrobrás e incontáveis outros
casos de corrupção nos governos, parece que boa parte dos eleitos preocupa-se
exclusivamente em legislar para si próprio. Com isso, acabamos por
associar política muito mais à sujeira, malandragem e vantagens pessoais. O
interior da política transforma-se em algo muito distante da nobre origem da
palavra na longínqua Grécia.
Refletir sobre política e políticos neste 12 de outubro, Dia das Crianças, é
mais que apropriado. Quais são os candidatos que se comprometem em seus
planos de governo com ações concretas de proteção e estímulo às crianças?
Quais são os candidatos que, quando eleitos, permanecerão firmes no combate ao
mau uso do dinheiro dos impostos? Corrupção significa menos escolas, educação
de pior qualidade, crianças nas ruas, menos empregos para os pais e
desesperança. Maus políticos são ceifadores de sonhos e de um futuro de
liberdade e segurança para toda uma geração.
Todos nós temos direito ao sonho. Crianças, em especial, têm um pouquinho mais.
Elas, que veem o mundo com óculos mágicos, celebram na sua inocência o sagrado
da vida.
O tempo nos faz maliciosos, tendenciosos e plenos de crenças limitantes. Dizem
que para sermos felizes, temos que redescobrir e alimentar nossa criança
interior, voltando à pureza dos sentimentos. Voltemos então à infância e ao
encantamento das descobertas da vida.
Senhores políticos, quando eleitos, permitam que desabroche sua criança
interior e que o interior da política não massacre a esperança de um mundo
melhor.
Se estiverem diante de uma oportunidade de mau uso do dinheiro dos nossos
impostos, parem e reflitam. Quando compreendermos que todas as crianças são
também nossos filhos, aí sim progrediremos como sociedade e como humanidade.
Ester Mendonça é jornalista e empreendedora em comunicação corporativa.