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Doria adia retomada de aulas presenciais para 7 de outubro em SP, mas reabrirá escolas em setembro

Por: FOLHAPRESS - ISABELA PALHARES, LAURA MATTOS E JOÃO GABRIEL
07/08/2020 às 20:30
Brasil e Mundo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta (7) que a retomada das aulas presenciais nas escolas públicas e p...


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta (7) que a retomada das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas do estado só ocorrerá a partir do dia 7 de outubro, quase um mês após a data inicialmente prevista pelo chamado Plano SP, porque as condições impostas para a retomada do ensino presencial não foram cumpridas.
No entanto, as unidades serão liberadas para reabrir para recuperação e atividades de acolhimento de alunos, de forma opcional, a partir do dia 8 de setembro. A ideia é mitigar a situação de pais que tenham voltado a trabalhar presencialmente e não têm como ficar com os filhos.
A informação sobre o adiamento foi antecipada pela colunista Raquel Landim, da CNN, e confirmada pela reportagem.
Com isso, o governo abandona o plano de retomada da educação antes anunciado, que exigia a permanência de 80% da população do estado na fase amarela ao longo das quatro semanas imediatamente anteriores à retomada e dos outros 20% por pelo menos metade desse prazo para que as escolas fossem reabertas.
Inicialmente, o plano era retomar as atividades a partir de 5 de outubro, mas o governador decidiu na manhã desta sexta adiar por mais dois dias o retorno após reunião com as áreas de saúde e educação.
Os estabelecimentos estão fechados desde 23 de março por causa da quarentena imposta para frear o avanço do novo coronavírus. Nesta sexta, Doria informou que 86% do estado encontra-se na fase amarela, a terceira da escala de cinco estágios que rege a reabertura das atividades econômicas presenciais no estado levando em conta critérios como mortes e internações decorrentes da Covid-19 e ocupação de leitos de UTI.
"Apesar de termos alcançado e superado mais de 80% da população em áreas na fase amarela, decidimos adiar a retomada das aulas para que a gente retorne com ainda mais segurança", disse Rossieli Soares, secretário de Educação.
O estado de São Paulo acumula até agora o registro de 24,4 mil óbitos pelo novo coronavírus, quase 1 em cada 4 ocorridos no país. Embora a capital esteja em tendência de desaceleração de casos, ela concentra 40% dessas mortes (são mais de 608 mil no total).
A volta opcional em setembro e oficial em outubro é uma tentativa de equacionar as pressões contrárias e favoráveis à reabertura.
Segundo Soares, as escolas podem abrir em 8 de setembro para dar apoio psicológico aos alunos, reforços pedagógicos, plantões de dúvidas e atividades esportivas se cumprirem os protocolos sanitários.
"Estamos preocupados com a saúde e isso passa também por cuidar da saúde mental dos nossos alunos e professores. A escola é o porto seguro desses jovens e precisamos de alternativas para continuar cuidando deles", disse o secretário.
A partir dessa data, a realização das atividades pedagógicas presenciais também deverá respeitar a proporção reduzida de atendimento dos alunos. Para a educação infantil (de 0 a 5 anos) e anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), podem atender até 35% dos estudantes.
No anos finais do fundamental (do 6º ao 9º ano) e ensino médio, o atendimento presencial será para até 20% dos alunos.
O plano inicial do governo era de liberar a reabertura dos colégios públicos e particulares a partir de 8 de setembro. A condição para a retomada das aulas presenciais era de que todo o estado ficasse por 28 dias na fase amarela, a terceira do plano de reabertura controlada, o que não vai ocorrer.
Apesar da pressão de escolas particulares para a retomada das aulas, pais, professores e até mesmo prefeitos não têm segurança no retorno. Prefeitos de municípios do Grande ABC também já anunciaram que as escolas não serão reabertas neste ano.
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, na noite de quarta (5), um projeto de lei que define medidas sobre a volta às aulas na capital e delega aos pais ou responsáveis legais a decisão sobre o comparecimento às aulas presenciais durante a pandemia.
A colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, já havia adiantado que, na capital, era improvável a retomada em setembro, o que depois voltou a ser dito pelo secretário Bruno Caetano. Nova sondagem da Secretaria Municipal da Educação indicou que 80% dos pais de alunos da rede municipal temem o retorno dos filhos às aulas presenciais.

Publicado em Fri, 07 Aug 2020 20:20:00 -0300







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