SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com o argumento de que muitas competições foram canceladas ou adiadas em razão da pandemia de Covid-19, o governo federal não lanç...
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com o argumento de que muitas competições foram canceladas ou adiadas em razão da pandemia de Covid-19, o governo federal não lançará edital para concessão do Bolsa Atleta nas modalidades olÃmpicas e paraolÃmpicas em 2020, referente aos resultados obtidos em 2019.
Assim, juntará o desempenho dos atletas no ano passado e neste para lançar um novo edital apenas no inÃcio de 2021.
A medida possibilitará ao governo economizar o orçamento de quase um ano de programa. Atualmente, 6.357 competidores recebem o Bolsa Atleta, que tem um custo anual de R$ 85,7 milhões.
O lançamento do edital para que os atletas pleiteiem o auxÃlio de 2020 deverá ocorrer apenas em janeiro de 2021 e, após a entrega de documentação e a assinatura do termo de adesão, a previsão é que eles comecem a receber somente a partir de maio.
Para definir quem receberá em 2021, a Secretaria Especial de Esporte irá priorizar os resultados de 2020. Porém, se a confederação não conseguiu realizar campeonato neste ano de crise do novo coronavÃrus, será levado em consideração o desempenho de 2019.
Este método também será aplicado para aqueles que pleitearão vaga no programa. “É a garantia dada pelo governo federal de que a não realização de competições em 2020 não trará prejuÃzos à s vésperas dos Jogos de Tóquio”, disse o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, em nota.
A Secretaria do Esporte nega que esteja pulando uma edição do programa.
InstituÃdo em 2005, o programa geralmente começava a pagar a bolsa no inÃcio do segundo semestre e com base no desempenho esportivo do ano anterior. No entanto, o Bolsa Atleta já sofria com problemas de orçamento e atraso na publicação de editais desde os governo de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), antecessores de Jair Bolsonaro (sem partido).
O programa estabelece quatro categorias para repasses mensais: base/estudantil (R$ 370), nacional (R$ 925), internacional (R$ 1.850) e olÃmpica/paraolÃmpica (R$ 3.100).
Também nesta quarta-feira, em publicação no Diário Oficial, o governo informou uma lista com adesão de 109 novos nomes –competidores que entraram com recursos ou estavam com documentações pendentes.
A Secretária também anunciou nesta quarta que irá renovar o Bolsa Pódio para o ano que vem. Essa faixa contempla os atletas ranqueados entre os 20 melhores do mundo com um benefÃcio que varia de R$ 5 mil a R$ 15 mil. Atualmente o programa reúne 293 competidores e tem um custo de R$ 40 milhões.
Publicado em Wed, 05 Aug 2020 16:03:00 -0300