O supermercadista José Luis Sanches diz que decisão do STF é política e medida do prefeito "injusta"
Elevou o tom
Diante da decisão do prefeito Edinho Araújo (MDB) de manter super e hipermercados fechados aos sábados e domingos em Rio Preto, o diretor regional da Apas, José Luís Sanches, elevou o tom, disse que a decisão do STF favorável à prefeitura é política e que a entidade vai insistir na guerra judicial, embora se mostre sem grande esperanças de reverter a medida para o próximo final de semana. "Toffoli fica até a próxima segunda-feira. Difícil mudar qualquer coisa antes de ele sair”, afirmou o supermercadista à coluna.
Respaldado por Toffoli
Respaldado pela vitória no STF, Edinho decidiu prorrogar decreto que impõe lei seca em Rio Preto entre 20h e 6h de segunda a sexta e durante todo o final de semana. E também determina o fechamento de hiper e supermercados aos sábados e domingos. A medida, que deixaria de valer na próxima quinta (30), agora vai vigorar até o dia 10 de agosto. Como contrapartida, os estabelecimentos vão poder funcionar entre 6h e meia noite durante a semana.
Supermercados fechados 2
A decisão ocorreu após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Antonio Dias Toffoli, negar nesta terça-feira (28) reconsideração da APAS, que pedia reabertura dos estabelecimentos aos finais de semana. Um dia antes de a entidade entrar com o pedido, o próprio Toffoli deu razão à Prefeitura de Rio Preto. As medidas são para evitar aglomerações e tentar reduzir o avanço do novo coronavírus na cidade.
"Então fecha tudo”
"Se é assim, porque ele não baixa um decreto fechando tudo? Temos fotos que mostram shoppings, a Leroy Merlin, a Declaton e vários outros locais do gênero lotados. Nós oferecemos serviços essenciais, e não eles. Estamos preparados para evitar aglomerações”, criticou Sanches.
"Não resolve”
Ainda segundo o empresário, a ampliação do horário não resolve a vida de todos os supermercadistas. "Beneficia quem já abre até este horário. O consumidor não vai procurar os locais que não funcionam normalmente até meia noite”, completou. De novo, segundo Sanches, o governo não ouviu o setor antes de tomar a decisão, se submetendo a exigências do "pessoal da saúde”.