Sob pressão, faculdades de Rio Preto se dizem preparadas para aulas presenciais

Foto por: Divulgação

Rossieli Soares, secretário de Educação do Estado

Sob pressão, faculdades de Rio Preto se dizem preparadas para aulas presenciais

Por: Da Redação

15/07/2020 às 15:24

Bastidores

Ainda que Rio Preto esteja na Fase 2 (laranja), anúncio de retomada em cidades na Fase 3 (amarela) é visto como boa perspectiva diante das indefinições que reinavam até agora

Preparadas

Pressionadas por alunos que questionam valor das mensalidades ou ameaçam abandonar cursos, faculdades particulares de Rio Preto ouvidas pelo DLNews se dizem preparadas para assumir aulas presenciais dentro dos protocolos de segurança. E se mostram aliviadas com o anúncio do governo do Estado de que isso passa a ser permitido a cursos com atividades práticas - como medicina, odontologia e fisioterapia, entre outros - nas cidades classificadas por 14 dias na Fase 3 (amarela) do Plano SP.

Perspectiva

Mesmo com Rio Preto ainda na Fase 2 (laranja), o entendimento é de que existe, agora, ao menos uma perspectiva com regras claras sobre quando a retomada se dará. Segundo o secretário de Educação do Estado, Rossieli Soares, a volta de atividades presenciais práticas e laboratoriais, assim como estágio curricular obrigatório, terá de respeitar a presença máxima de até 35% do número de alunos matriculados.

Protocolos prontos

O médico Toufic Anbar Neto, dono da Faculdade de Medicina Faceres, diz que a instituição está "pronta”, com protocolos que têm sido solicitados como modelo por unidades de vários pontos do País. "Nossos procedimentos de biossegurança são rigorosíssimos, com higienização das instalações três vezes ao dia. Tem ainda os procedimentos pedagógicos, que são as inevitáveis mudanças no jeito de ensinar, treinamento de professores, funcionários e alunos. Investimos em software para que a vida acadêmica do aluno possa ser acompanhada de forma remota”, diz ele, que aponta ainda a ampliação da base de livros online, além de higienização dos livros em papel.

Infraestrutura

Coordenador e professor do curso de Medicina da Unilago, o médico Edmo Gabriel Atique, diz que considera adequada a retomada presencial na fase amarela desde que a institução tenha infraestrutura física compatível com as necessidades sanitárias, como distanciamento social e divisão de turmas. "A Unilago está preparada sim, pois nossa infraestrutura é muito grande e possibilita o cumprimento das regras”, afirma ele.

Esperança

Por meio de nota, a pró-reitora acadêmica da Unirp, Agdamar Affini Suffredini, diz que a instituição está se preparando para a retomada, assim que autorizada pelos órgãos governamentais. "O Comitê de Enfrentamento da Covid-19, criado pela UNIRP desde o início da pandemia, está elaborando um documento chamado Plano de Retomada das Atividades Presenciais, para nortear ações higiênico-sanitárias e de biossegurança a toda comunidade acadêmica composta por docentes, discentes, funcionários técnico-administrativo e fornecedores. Este documento deverá ser disponibilizado para conhecimento de toda comunidade acadêmica. Com isso, estamos nos preparando e vimos com bons olhos e esperança o anúncio de retomada das aulas presenciais ”

Cauteloso

Responsável pela odontologia e membro do conselho de gestão da Unorp, Elias Kassis se mostra mais cauteloso. Para ele, alguns cursos podem voltar normalmente, porque não existe nenhum problema de contaminação. "É o caso da engenharia ou da psicologia, por exemplo, onde é só manter a distância. Quando nós falamos em área de contato, como ocorre em medicina veterinária e odontologia, por exemplo, que atendem diretamente os pacientes, temos de nos adaptar com EPIs. E principalmente preparar os pacientes para isso”, completa.

Na Famerp

Na seara das instituições públicas, a Famerp afirmou, por meio de nota, que desde o início da pandemia a instituição tem adotado o formato de aulas online, ao mesmo tempo em que acompanha a evolução da Covid-19 no Estado de São Paulo. "A faculdade possui anfiteatros de grandes dimensões para atender os critérios de segurança e distanciamento social (divisão em turmas menores, se necessário) para voltar às atividades presenciais quando o governo do Estado assim permitir”, completou.