Este site usa cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência.



Secretário de Saúde, Aldenis Borim
Foto por: Prefeitura de Rio Preto/Moisés Junior
Secretário de Saúde, Aldenis Borim

Rio Preto cogita "arrastão" para garantir medicamentos de intubação ao HB e à Santa Casa

Por: Maria Elena Covre, Fabrício Carareto, Heitor Mazzoco e Karol Granchi
24/06/2020 às 21:07
Bastidores

Caso situação se torne ainda mais crítica, Secretaria de Saúde vai solicitar que cidades da região forneçam relaxantes aos dois hospitais que estão na linha de frente do combate à pandemia


Arrastão 1
A Secretaria de Saúde de Rio Preto analisa a possibilidade, caso seja necessário, de fazer um "arrastão" nas principais cidades da região com o objetivo de garantir para o Hospital de Base (HB) e Santa Casa medicamentos (relaxantes) utilizados para intubar pacientes com Covid-19. É claro que o "arrastão" em questão dependeria da boa vontade dos prefeitos da região, que poderiam ou não contribuir com a causa.

Arrastão 2
De acordo com o secretário de Saúde, Aldenis Borim, a Prefeitura de Rio Preto tem em estoque esses medicamentos, mas que podem suprir, no máximo, dois dias as necessidades dos dois hospitais que estão na linha de frente do combate à pandemia. Tanto HB quanto a Santa Casa suspenderam as cirurgias eletivas para que os remédios possam ser usados por pacientes em estado mais grave.

Arrastão 3 
Caso os hospitais continuem com estoques reduzidos de medicamentos, a Prefeitura de Rio Preto pode paralisar os exames corriqueiros feitos no Hospital Dia e transferir as doses para os hospitais, além de solicitar que cidades da região também contribuam com a medicação. Especialmente porque o HB atende pacientes de fora de Rio Preto. 

Calamidade
Borim diz que, apesar de os medicamentos serem do município, a burocracia não impediria a Prefeitura de destiná-los aos hospitais. "Faz um termo de empréstimo e depois devolvem. Não tem burocracia se precisar, principalmente num caso de calamidade", disse o secretário de Saúde, Aldenis Borim.

Escassez 
A falta de medicamentos ocorre em todo País. O secretário de Saúde explica que, atualmente, o número de intubados no Brasil aumentou "três, quatro vezes". "Média de 40 intubações por dia. Nós (Prefeitura de Rio Preto) não intubamos isso por ano", disse o titular da Saúde. Outra preocupação dos hospitais é com valor dos medicamentos, que deve saltar consideravelmente para as próximas compras, como ocorreu com álcool em gel e máscaras, no começo da pandemia. 

Cobrança
O assunto é tão sensível que foi abordado nesta quarta-feira (24) pelo prefeito Edinho Araújo em videoconferência com representantes do governo do Estado e prefeitos de cidades polo. Durante a reunião o prefeito cobrou do Estado maior agilidade na aquisição de medicamentos para a intubação de pacientes em tratamento para Covid-19. O secretário de desenvolvimento regional do Estado, Marco Vinholi, disse que esse é um problema nacional e que esses medicamentos estão em falta em todo o país. "Estamos atuando junto ao governo Federal e ao Ministério da Saúde para resolver essa situação", disse Vinholi.

Conversa de doido 1
Outro assunto debatido na videoconferência, a adoção de um mini-lockdown em Rio Preto, virou aquela típica conversa de doido. Edinho tinha solicitado ao Estado, na semana passada, a possibilidade de elevar de 4 para 5 horas o horário de abertura do comércio na cidade. Como contrapartida, os estabelecimentos permaneceriam fechados aos domingos e às segundas-feiras. Representantes do Estado fizeram uma contraproposta: comércio aberto durante 6 horas diárias, mas mini-lockdown entre domingo e terça-feira.

Conversa de doido 2
Edinho concordou com a alternativa e questionou se já poderia aderir ao plano proposto do Estado. Ouviu de Marco Vinholi que ele iria se reunir com os membros do Conselho Executivo de combate ao coronavírus para dar a resposta "o quanto antes". Mas se o próprio Estado fez a proposta, que foi aceita pelo prefeito, por que então discuti-la novamente? Coisa de doido.

Gregos e troianos
Como se era de esperar, o tal mini-lockdown não agradou gregos e troianos - no caso, setores distintos do empresariado. Em nota, a Acirp se disse favorável à mudança, já que os domingos "se tornaram praticamente um dia para passeios em família nos shoppings" e as segundas-feiras "são dias fracos para o comércio". Já os shoppings, obviamente, se colocaram contra o fechamento, especialmente aos domingos.

Antes da Covid
Muitas pessoas se dizem chocadas com a correria de hospitais públicos para tentar suprir a demanda por causa da pandemia da Covid-19. Mas os problemas de saúde pública são antigos. Diversas ações pipocam diariamente na Justiça para que prefeituras forneçam medicamentos à população. Nesta quarta-feira (24), por exemplo, a juíza da 2 Vara da Fazenda, Tatiana Pereira Viana Santos, falou em bloquear verbas da Prefeitura de Rio Preto ou aplicar multa diária de R$ 500, caso um medicamento não seja fornecido a um homem em tratamento oncológico. A magistrada já havia determinado que o Executivo deveria custear o medicamento em 20 de fevereiro. 

Racismo 
Um grupo de estudos promovido pela sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Rio Preto sobre igualdade e desigualdade racial, transmitido ao vivo pela internet, trouxe a discussão sobre o racismo institucional na Polícia Militar no Brasil, entre outros temas, para ser encarado em nível regional. A bancada de peso reuniu o juiz do Trabalho Júlio César Trevisan Rodrigues, o presidente do Conselho Municipal Afro, Darok Viana, e a coronel da PM, Helena Reis, pré-candidata pelo Republicanos à Prefeitura de Rio Preto.  

Algo está errado 
Em clima pacífico, mas sério, Viana questionou a coronel aposentada da PM, que atuou à frente nos Direitos Humanos, sobre o racismo institucional presente na Polícia Militar do Brasil. "Tem algo errado acontecendo na seleção, formação, na prevenção e na punição (dos policiais). A gente sabe que as pessoas vêm informadas para suas profissões, mas é necessário um olhar para o perfil psicológico e racista nas instituições. Depois que essas pessoas estão na ativa, qual a maneira que a gente tem para prevenir que elas façam isso e punir adequadamente. Alguma coisa está errada na instituição e tem que ser discutida”, disse. 

Saia-justa 
O debate criou certa saia-justa para a coronel, que defendeu a formação básica do policial militar e o extenso trabalho dos Direitos Humanos para combater o racismo dentro da instituição. "Buscamos o combate ao preconceito e desconstruir esse preconceito durante o curso de formação, mas um ano, um único ano, não é possível às vezes tirar isso do indivíduo. E quando ele recebe uma arma e se sente poderoso é que aflora o que você tem de pior ou o que você tem de melhor como ser humano. Ou seja, aflora aquilo que você é”, afirmou Helena.

Violência 
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgados na 13ª edição do Anuário da Violência, realizado em 2019, revelam que no período de 2017 e 2018, dos 7,9 mil registros de intervenções policiais terminados em morte no país, 75,4% das vítimas eram pessoas negras.

BR-153 
A tão badalada duplicação da BR-153 demorou para sair do papel. Mas saiu. Agora, a obra é considerada interminável. Na Câmara de Rio Preto, o vereador Marco Rillo (Psol) apresentou Comissão Especial de Vereadores (CEV) para analisar medidas para que a obra seja finalizada. O principal problema é o trevo no cruzamento da avenida Danilo Galeazzi, que dá acesso ao Trevo de Talhado. Recentemente, o prefeito Edinho Araújo (MDB) disse que a obra está 80% concluída. 

’Desaparecido’
O vereador Anderson Branco (PL) não foi encontrado até o momento para ser notificado de ação por dano moral movida pelo delegado José Mauro Venturelli, acusado pelo parlamentar de assédio sexual. Nenhuma investigação comprovou o crime que, na versão de Branco, teria sido cometido pelo delegado. 

Revelia 
Os advogados de Venturelli afirmam que o vereador já tem conhecimento da ação desde que foi entrevistado sobre o assunto pelo DLNews. Posteriormente, o vereador fez postagem em rede social para falar sobre o assunto. Agora, os advogados de Venturelli pedem que Branco seja julgado à revelia. 

Endereço 
Branco não foi encontrado por oficial de Justiça em sua casa. Vale lembrar que o vereador está às terças-feiras, a partir das 17h, na Câmara de Rio Preto (rua Silva Jardim 3357), para participar das sessões ordinárias. 

Testagem em massa
A empresa Frigo Estrela, com sede em Estrela D’Oeste, vai acatar a recomendação do Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual e realizar testagem para detectar se funcionários estão contaminados pela Covid-19. Ao todo, 1,5 mil pessoas passarão pela testagem. 

Desmentido 
De acordo com o MPF, o prefeito de Estrela D’Oeste, Marcos Antonio Saes Lopes (PSB), afirmou em gravação ser de responsabilidade de outros prefeitos os testes em trabalhadores que se deslocam até Estrela D’Oeste para trabalhar na Frigo Estrela. "Não foi feita nenhuma solicitação ou acordo para que os demais municípios da região realizem a testagem de seus cidadãos que trabalham no Frigo Estrela, ao contrário do que vem sendo divulgado pelo gestor". 

Jovens na política
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou a campanha "Eu na Prefeitura, eu na Câmara", para incentivar jovens a participar da vida política, o que acontece de maneira tímida em todo Brasil. Até 3 de julho, jovens podem enviar ao tribunal vídeo de até 30 segundos falando o que não funciona na cidade e o que faria se fosse eleito vereador ou prefeito. Rio Preto tem pouco mais de 36 mil jovens com até 24 anos aptos a votar.







Anunciar no Portal DLNews

Seu contato é muito importante para nós! Assim que recebemos seus dados cadastrais entraremos em contato o mais rápido possível!